Rogério Oceânico Reage a Declarações do Ministro do STF
O líder da oposição no Senado, Rogério Oceânico (PL-RN), fez críticas nesta quinta-feira, 14, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), por vincular o ataque suicida em Brasília ao “gabinete do ódio” da gestão Bolsonaro. Oceânico, secretário-geral do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, expressou seu insatisfação: “Fico triste ao ver o ministro, já pela manhã, declarar que esse caso plangente seja fruto de gabinete do ódio. O ministro toma uma decisão antes de se debruçar sobre o caso. Pergunto onde está a sua imparcialidade”.
Pedestal à Anistia e Solução Política
O senador reafirmou seu suporte ao projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e defendeu que o Congresso é a chave para pacificar o país: “Mais do que nunca, está na hora de pacificar o país, de se distensionar o processo. E a solução política está dentro do Congresso Pátrio, com a anistia”.
Moraes, por outro lado, argumentou que a verdadeira pacificação só pode ser alcançada com a responsabilização dos culpados, afirmando que a impunidade pode incitar mais ataques. “Não podemos ignorar o que ocorreu ontem, não é um traje solitário do contexto. O contexto se iniciou lá detrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a estilar exposição de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário”, declarou Moraes.
Comparações com Outros Casos
Oceânico traçou um paralelo entre o tratamento oferecido a Francisco Wanderley Luiz, responsável da explosão em Brasília, e o caso de Adélio Prelado, que esfaqueou Bolsonaro em 2018. Ele apontou uma diferença na abordagem dos casos e criticou a falta de favor da incerteza para Francisco: “O que aconteceu ontem foi plangente. Todos os solidários com quem poderia ter sido atingido por esse incidente, cuja grande vítima foi o próprio responsável”.
Repercussão no STF e no TSE
A ministra Cármen Lúcia destacou a preocupação vernáculo com os recentes acontecimentos durante uma sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que Moraes pode assumir a investigação das explosões caso seja encontrada conexão com os ataques de 8 de janeiro: “Vou receber o sindicância. Se houver conexão com qualquer sindicância em curso, será distribuído por prevenção”, comentou Barroso. As informações são da Revista Oeste.