Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro perderam participação no Resultado Interno Bruto (PIB) brasiliano nos últimos vinte anos. É o que mostra a pesquisa Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE), publicada na última quinta-feira 14.
O levantamento apontou que, entre 2002 e 2022, São Paulo saiu dos 34,9% de participação no PIB para 31,1%. O Rio, por sua vez, abocanhava 12,4% do PIB há vinte anos, mas o percentual foi reduzido para 11,4%.
Assim, o Sudeste foi a única região do país que viu uma redução da sua parcela no PIB do país, ao longo das últimas duas décadas. No início dos anos 2000, o Sudeste era responsável por 57,4% de toda a riqueza gerada no país. Em 2022, o percentual foi de 53,3%. Apesar da queda, a região ainda responde por mais da metade da riqueza gerada no Brasil.
O estado que fez um movimento contrário foi o Mato Grosso, divulgado pela atividade agropecuária. Em 2002, o estado contribui em 1,3% no PIB. Vinte anos depois, o percentual quase dobrou, chegando a 2,5% do PIB.
Segundo o IBGE, Santa Catarina e Minas Gerais também experimentaram por aumentos significativos. O primeiro tinha uma fatia de 3,7% do PIB vernáculo em 2002 e, em duas décadas, chegou a 4,6%. MG, por sua vez, saltou de 8,3% para 9%.
Segundo a pesquisa do IBGE, a economia brasileira cresceu, em média, 2,2% por ano. Esse propagação passou por variações ao longo do tempo, a exemplo da robustez do final dos anos 2000 e das quedas na crise econômica vivida entre 2015 e 2017, e naquela experimentada durante a pandemia de Covid-19.
Em termos regionais, as regiões Meio-Oeste e Setentrião foram as que mais cresceram, com uma média anual de 3,2%, cada uma. O Nordeste ficou na média vernáculo, com a economia crescendo, em média, 2,3% ao ano. Sul e Sudeste cresceram aquém da média do país, com 1,9% de progressão anual, cada uma.