O atentado cometido na noite desta quarta-feira (13) por Francisco Wanderley Luiz em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federalista impactou a estratégia da extrema direita de normalização de seu grupo político uma vez que força legítima no país. Essa é a opinião da observador política Mayra Goulart, professora da Universidade Federalista do Rio de Janeiro (UFRJ).
Goulart afirma que, posteriormente a eleição de Donald Trump uma vez que presidente dos Estados Unidos, a tática da extrema direita – representada pelo cláusula publicado na Folha de S. Paulo, no último dia 10, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível – de se apresentar uma vez que uma escolha política razoável.
“No cláusula, Bolsonaro usa a linguagem da democracia para naturalizar a extrema direita, quando na veras o campo é refratário às instituições e à democracia. É a incorporação da extrema direita uma vez que posição razoável, a naturalização de ideias cáusticas à democracia liberal”, diz a observador política.
Isso explica, para ela, a postura do campo da extrema direita de evitar relação com o atentado, apesar de Luiz ter sido candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) em 2020. “As lideranças com procuração têm uma vez que estratégia pactuada diminuir o peso da relação [de Luiz] com a extrema direita e tratá-lo uma vez que alguém com transtornos mentais”, explica Goulart. Há, ainda, uma tentativa de compará-lo a Adélio Prelado, que deu uma facada em Bolsonaro durante a campanha à presidência de 2018.
A professora lembra, no entanto, que o bolsonarismo passar por um momento de matinada, com surgimento de novas lideranças que não são necessariamente ligadas a Bolsonaro. Dessa forma, é difícil saber uma vez que a base leal à extrema direita vai interpretar o atentado.
O ato também enfraquece a teoria de uma anistia aos golpistas de 8 de janeiro, acredita Goulart. “A proposta de anistia vinha tendo uma tramitação silenciosa, longe do cidadão generalidade. Esse atentado traz de volta para as pessoas a preocupação com a democracia”, acredita.
Outrossim, todo o campo político fora do bolsonarismo voltou a se alinhar discursivamente. “Houve falas concatenadas de Andrei Rodrigues [diretor geral da Polícia Federal], [Luís Roberto] Barroso [presidente do Supremo Tribunal Federal] e Gilmar Mendes [ministro do STF] responsabilizando a extrema direita, e Gilmar não é zero desempenado à esquerda, por exemplo.”
Edição: Nicolau Soares