O diretor-geral da Polícia Federalista, Andrei Rodrigues, reafirmou, durante uma coletiva de prensa nesta quinta-feira (14), que não será aceita qualquer proposta de anistia para aqueles envolvidos em ataques ao Estado Democrático de Recta, uma vez que o recente atentado contra o Supremo Tribunal Federalista (STF).
“Hoje, o ministro Alexandre de Moraes já comentou esse ponto.
Eu, cá, faço coro às suas palavras. Vejam a sisudez e a extensão desse processo. Não é razoável pessoas cometerem atos terroristas, tentarem chacinar outras pessoas, tentar vitimar policiais… De roupa, não estamos falando de um grupo de pessoas que quebrou um quadro ou uma cadeira. Estamos falando de ações violentas ao Estado Democrático de Recta, de ações gravíssimas e tentativa de homicídio”, disse o diretor da PF.
“Eu também entendo que não é tolerável que se proponha anistia para esse tipo de pessoa”, completou Rodrigues.
Segundo Andrei Rodrigues, as investigações sobre o incidente ocorrido na noite de quarta-feira (13) em Brasília estão focadas em duas linhas principais: terrorismo e ataques ao Estado Democrático de Recta.
O caso foi guiado ao Supremo Tribunal Federalista devido a possíveis conexões com investigações sobre os violentos atos de 8 de janeiro de 2023.
“Inicialmente, quero fazer o registro da sisudez da situação, que aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica, não só a Polícia Federalista, mas todo o sistema. Esse incidente de ontem não é um roupa só, mas está conectado com várias outras ações, que inclusive a Polícia Federalista tem investigado recentemente”, declarou o diretor.
O atentado, que envolveu a explosão de um carruagem no incluído 4 da Câmara dos Deputados, seguido de um segundo ataque em frente ao STF, resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Wanderley, que havia sido candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020, aparentemente se autossujeitou ao explosivo lançado contra o STF.
“Segundo relatos de familiares, ele estava em Brasília no início de 2023. Ainda é cedo para declarar se houve participação direta nos atos de 8 de janeiro, mas ele estava em Brasília, e há uma mensagem escrita nas paredes de sua residência em Ceilândia, mencionando um ato de pichação feito naquela data na estátua da Justiça”, informou Andrei.
A Polícia Federalista concluiu, em parceria com a Polícia Militar, a varredura na Rossio dos Três Poderes, onde o atentado ocorreu, e garantiu que não há mais riscos para a segurança da extensão. “Na Rossio dos Três Poderes não há mais artefatos. Todos já foram retirados”, afirmou o patrão de operações, Alexandre Patury.