A Polícia Militar do Província Federalista (PCDF) faz uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), na Rossio dos Três Poderes, que foi escopo de um ataque com explosivos na noite de quarta-feira (13).
As atividades no Supremo Tribunal Federalista (STF) e na Câmara Federalista foram suspensas até o meio-dia. Já o Senado decidiu cancelar o expediente. Ainda não há informações se a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será mantida.
A polícia também faz perícia, na manhã de hoje, na lar em Ceilândia (DF) que foi alugada por Francisco Wanderley há alguns dias, conforme informações da TV Mundo. Segundo o veículo, foram encontrados artefatos explosivos no sítio, além da carteira de motorista de Luiz.
Apuração
O portal G1 divulgou que o Boletim de Ocorrência da Polícia Social confirmou a identificação da vítima da explosão uma vez que sendo Francisco Wanderley Luiz. Ele é o proprietário do veículo que explodiu nas proximidades da Câmara dos Deputados.
O varão foi candidato a vereador na cidade de Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito.
Em suas redes sociais, Luiz fez publicações com referência a explosões: postou prints de conversas consigo mesmo no WhatsApp em que usa emojis de bombas e “desafia” a Polícia Federalista a “desarmar a petardo que está na lar dos comunistas”. Em tom de ameaço, a publicação cita ataques entre os dias 13 e 16 de novembro.
Em outras postagens, Luiz mostrou fotos suas em visitante ao prédio do STF, realizada em agosto deste ano.
Entenda a ação
Por volta das 19h30 desta quarta, pelo menos duas explosões ocorreram na Rossio dos Três Poderes. A primeira aconteceu no coche de Francisco Wanderley Luiz, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. Os explosivos parecem ter sido acionados de maneira remota.
A segunda, que causou a morte de Luiz, foi próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federalista.
Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta.
Anistia
Apuração da colunista Natureza Nery, do portal G1, aponta que ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF), logo em seguida divulgação dos primeiros detalhes do atentado, fizeram contato com parlamentares no Congresso com a mensagem de que não permitirão continuar o debate sobre anistia aos responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o veículo, foram feitos telefonemas para os líderes mais importantes da Câmara com o mesmo recado e o sinal pretérito aos parlamentares foi de tolerância zero.
Além da PCDF, o atentado também é investigado pela Polícia Federalista (PF), que vai encaminhar o interrogatório ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que é relator da investigação sobre os atos de 8 de janeiro.
Edição: Nathallia Fonseca
