O senador Cleitinho (Republicanos-MG) criticou a jornada de trabalho conhecida porquê “6×1” (seis dias de trabalho para um de sota) e defendeu a urgência de mudanças que beneficiem os trabalhadores. O tema está em debate na Câmara dos Deputados, onde os parlamentares estão recolhendo asinaturas para apresentar uma proposta de emenda à Constituição com o objetivo de mudar a graduação de trabalho no Brasil.
O parlamentar destacou sua experiência pessoal e familiar com essa graduação, argumentando que ela prejudica a qualidade de vida dos trabalhadores e impede que eles possam aproveitar momentos com suas famílias.
“Eu vi meu pai, que morreu agora neste ano, com 70 anos de idade, fazendo a graduação sete por zero. Sempre trabalhou, até não foi seis por um, foi sete por zero. E sabe o que aconteceu? O meu pai, sempre que chegava em moradia, já se deitava para dormir, para ajustar no outro dia para trabalhar. O meu pai não ia aos jogos de futebol quando eu jogava esfera.
O meu pai não foi às apresentações que eu fiz quando eu era cantor; nunca ia. O meu pai não parava um dia para ele poder me ensinar a estudar. Sabe por quê? Não fazia, não é porque ele não queria, não. É porque ele não tinha tempo; é porque sempre trabalhou”, relatou o senador.
Cleitinho também mencionou que, apesar das reformas previdenciária e trabalhista já aprovadas no Congresso, falta uma medida que realmente beneficie os trabalhadores. Ele defendeu um estabilidade entre os interesses dos empresários e dos empregados.
“E não caia nessa litania de falar que o país está quebrado. Eu nunca acreditei que o país estava quebrado. O país nunca esteve quebrado. Antes de eu me entender por gente, desde quando eu me entendo por gente, oriente país sempre foi roubado. […] Gente, oriente país sempre foi roubado e até hoje é roubado! Se oriente país até hoje não foi quebrado, não vai ser uma graduação — diminuí-la para cinco por dois — que vai rematar com oriente país não, gente!
Que fique evidente cá: vamos fazer isso em conjunto, vamos trabalhar para poder valorizar tanto o empresário quanto o trabalhador! Isso é estabilidade, a balança tem que estar igual, nem o empresário é malvadão, muito menos o trabalhador é servo!”, afirmou. O senador concluiu seu oração pedindo que o Congresso discuta medidas concretas para melhorar as condições de trabalho no país e criticou a classe política por não agir em obséquio dos trabalhadores. Jornal da cidade