A pena de Cristina Kirchner em 2022 a seis anos de prisão por fraudes em licitações de obras públicas é mais um capítulo triste da história política argentina, e agora, com o processo em segunda instância, parece que o veredito será reafirmado. A ex-presidente, que já foi vice-presidente e tem uma trajetória política de grande peso no país, recorre a estratégias semelhantes às que se viram no Brasil com figuras porquê Lula, alegando perseguição política e judicial.
É difícil não traçar um paralelo entre as alegações de Cristina Kirchner e as de Lula, principalmente quando se considera a narrativa usada pelo ex-presidente brasiliano, que também se autoproclamou vítima de uma trama judicial e política. Cristina, em sua resguardo, cita o caso de Lula e a anulação dos processos da Lava Jato pelo STF, tentando fortalecer a teoria de que as acusações contra ela são segmento de uma suposta conspiração de setores poderosos para barrar sua curso política.
No entanto, o que parece evidente é que as provas contra Cristina são substanciais e a pena tem respaldo na justiça argentina.
Ela pode até recorrer à Incisão Suprema, e a possibilidade de uma prisão domiciliar por ser septuagenária existe, mas o risco de ser declarada inelegível, principalmente com o progressão da versão lugar da Lei da Ficha Limpa, parece cada vez mais real. Isso significaria o termo de sua curso política, não somente pela pena, mas pela falta de espeque popular e político que ela enfrenta no momento.
Cristina Kirchner, assim porquê Lula, construiu sua trajetória baseada em um oração de resistência à “escol” e ao poder judiciário, mas também porquê uma figura profundamente envolvida em escândalos de devassidão.
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A diferença é que, ao contrário de Lula, que teve sua trajetória em grande segmento reabilitada depois a anulação das suas condenações, Cristina corre um risco maior de ver sua curso política enterrada, já que as circunstâncias políticas e jurídicas na Argentina não são favoráveis a um retorno triunfante.
Seja porquê for, sua tentativa de confrontar sua situação com a de Lula soa, no mínimo, irônica, considerando as diferenças no tratamento judicial entre os dois países. O indumento de ter sido condenada por devassidão, independentemente de ser ou não uma vítima de uma “perseguição”, marca o termo trágico de uma curso política recheada de controvérsias, escândalos e uma conexão cada vez mais distante com a população.
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