A polícia holandesa prendeu, neste domingo (10), em Amsterdã, vários manifestantes pró-palestinos que haviam se reunido apesar da proibição de manifestações na cidade, depois incidentes violentos ocorridos há três dias durante uma partida entre o Ajax e o Maccabi Tel Aviv.
As prisões ocorreram depois que o Judiciário holandês manteve a proibição da revelação, imposta pela prefeita da cidade para o domingo.
Apesar da proibição, centenas de manifestantes compareceram à Terreiro Dam, carregando faixas com os dizeres “Devolvam-nos nossas ruas” e “Palestina livre”, observou um jornalista da AFP.
A polícia de choque interveio, prendendo os manifestantes logo depois a decisão do tribunal de manter a proibição.
“A prefeita decidiu, com razão, que haveria uma proibição de manifestações na cidade neste término de semana”, anunciou o tribunal de Amsterdã no X, acrescentando que um pedido para anular a proibição havia sido rejeitado.
O ativista holandês Frank van der Linde havia anunciado sua intenção de se manifestar na Terreiro Dam contra o “genocídio em Gaza” e também em resguardo do “recta de se manifestar”, segundo a dependência de notícias ANP.
“Essa revelação não tem zero a ver com antissemitismo”, disse Alexander van Stokkum, um dos participantes. Ele explicou que o objetivo era reivindicar “contra os hooligans israelenses que vandalizaram nossa cidade”, disse ele.
Neste domingo, a embaixada israelense em Haia aconselhou “israelenses e judeus em Amsterdã a ficarem longe das manifestações”.
Na noite de quinta para sexta-feira, depois o jogo da Liga Europa, os torcedores do Maccabi Tel Aviv foram violentamente atacados nas ruas da cidade.
Os incidentes ocorreram em um cenário de aumento de atos antissemitas e anti-Israel desde o início do conflito entre Israel e o movimento islâmico.