Um varão sofreu uma paragem cardíaca pelo o que os médicos acreditam ser devido ao consumo excessivo de bebidas energéticas. Segundo a mulher do rapaz, Meagan Shreve, ele bebia até três latas todos os dias.
Tudo começou em janeiro deste ano quando o varão acordou de madrugada pedindo ajuda à esposa dizendo que estava sentindo seu coração veloz e com as mãos e pernas dormentes. Shreve ligou para a emergência e o marido foi levado ao hospital.
A mulher afirma que os médicos disseram que a paragem cardíaca de seu marido foi causada por “desidratação” e que ele estava tomando “muitas bebidas energéticas”. Ele foi obrigado a permanecer seis semanas no hospital enquanto cardiologistas monitoravam o coração. Posteriormente o período, felizmente, ele recebeu subida e voltou para a vivenda.
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A princípio, os médicos não tinham respostas sobre o motivo da paragem cardíaca do varão, que estava saudável e posteriormente alguns testes bateram o martelo de que poderia ter sido causado pelo excesso de bebidas energéticas que o varão tomava.
Vários estudos existentes relacionaram bebidas energéticas a problemas cardíacos, incluindo batimentos cardíacos irregulares e paragem cardíaca.
Pesquisadores da Clínica Mayo, nos EUA, analisaram os dados médicos de 144 pacientes que sobreviveram a uma paragem cardíaca posteriormente tratamento de emergência. Sete deles, com idades entre 20 e 42 anos, consumiram uma bebida energética qualquer tempo antes do evento com risco de morte, sendo que seis precisaram de tratamento por choque elétrico e um precisou de ressuscitação manual.
Três dos pacientes eram consumidores regulares de bebidas energéticas e quatro apresentavam qualquer tipo de doença cardíaca genética.
Os pesquisadores disseram que outros fatores relacionados ao evento, porquê: privação de sono, desidratação, dieta, jejum, uso de cigarros eletrônicos e antibióticos, podem ter criado uma “tempestade perfeita”, levando à paragem cardíaca súbita nesses pacientes.
Uma ampla revisão de estudos, publicada na revista científica Public Health Journal, aponta uma relação entre o consumo de bebidas energéticas e um risco aumentado para uma série de problemas de saúde, incluindo psicológicos e cardíacos, entre jovens.
“Três ensaios clínicos randomizados (ECR) investigaram os efeitos do consumo de energéticos na função cardiovascular (…) A ingestão aguda foi associada a um número significativamente aumentado de extrassístoles supraventriculares (uma forma de arritmia cardíaca) e a uma subtracção na frequência cardíaca, destacando o efeito negativo do consumo de energéticos no ritmo cardíaco. O consumo também foi associado ao aumento da rigidez arterial e ao aumento significativo da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD)”, escreveram os pesquisadores.
Na revisão, foram incluídos dados de 57 trabalhos, publicados entre janeiro de 2016 e julho de 2022, que envolveram mais de 1,2 milhão de crianças e jovens, de idades entre 9 e 21 anos, provenientes de 21 países.
“As bebidas energéticas são comercializadas para crianças e jovens porquê uma forma de melhorar a vontade e o desempenho, mas nossas descobertas sugerem que eles estão realmente fazendo mais mal do que muito”, diz a autora principal, Amelia Lake, professora de Nutrição em Saúde Pública da Universidade de Teesside, em expedido.
Outros problemas apontados na estudo das dezenas de estudos foram uma maior propensão a comportamentos nocivos entre os que consumiam as bebidas, porquê ao tabagismo, à ingestão de álcool excessiva, ao uso de outras substâncias, à violência, ao sexo e à direção inseguros e ao bullying.
Créditos (Imagem de capote): Paragem cardíaca — Foto: Freepik
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