O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou à CNN Brasil que não irá à cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro, em novembro.
Putin é cândido de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra durante a operação russa na Ucrânia. O Brasil é subscritor do Tratado de Roma e seria obrigado a respeitar a decisão do TPI e prender o líder russo no momento em que ele chegasse ao solo brasílico.
O procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, inclusive, fez um apelo na semana passada para que o Brasil prendesse Vladimir Putin caso ele viesse ao encontro.
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“Temos uma boa relação, relação amigável com o presidente Lula. Eu iria lá de propósito? Para violar a operação desse fórum? Para arruinar o fórum?”, indagou.
“Mesmo colocando o TPI de lado, será o único tópico em discussão, por que faríamos isso? Somos adultos. Vamos encontrar uma pessoa na Rússia que possa simbolizar os interesses da Rússia no Brasil”, adicionou.
Putin destacou ainda que o TPI “não tem nenhuma preço” e que a Rússia não reconhece sua jurisdição.
O presidente da Rússia afirmou que seria provável desenvolver soluções diplomáticas para evitar qualquer sua prisão, com tratado formal entre os dois governos, mas, em seguida, voltou a criticar o tribunal.
“Em relação à independência, não quero me fazer toar sombrio, mas o tribunal criminal disse vai tomar decisões contra certos líderes do Oriente Médio. Pois os Estados Unidos os questionaram, e eles se calaram, a resposta é essa, o reverência a uma unidade que não é independente nem universal é realmente inferior, é de baixa consideração”, pontuou.
A CNN Brasil foi o único veículo de prensa das Américas presente no encontro com o líder russo.
Incremento dos Brics
Ainda durante a entrevista, Putin avaliou que os países dos Brics devem crescer mais rápido do que os do G7. E que os Brics assumirão um papel cada vez maior no negócio global.
“O mercado internacional não pode sobreviver sem os Brics, inclusive em tecnologia, uma vez que a perceptibilidade Sintético. Essa é a mudança mais tangível. Isso é proveniente. O mundo muda sempre. Os novos líderes emergem”, disse Putin.
“O Brics não é contra ninguém. O Brics não é um grupo anti-ocidente. É exclusivamente um grupo não-ocidental”, afirmou o líder russo.
Segundo Putin, mais de 30 países demonstraram interesse em se confederar ao conjunto. Para a atual presidência rotativa do conjunto, a ampliação seria bem-vinda, desde que guiada por princípios pré-acordados.
Atualmente, estamos trabalhando em uma novidade categoria de ‘Parceiros dos Brics’. Precisamos de um consenso: seremos muito cuidadosos ao sermos guiados por dois princípios. Primeiro, multilateralismo. Em segundo, a eficiência da organização. Ao expandir o número de países, não deveríamos perder a prontidão do conjunto. É isso que guiará nossos próximos passos”, disse.
Manadeira/Créditos: CNN
Créditos (Imagem de envoltório): Divulgação
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