Em junho deste ano, a Enel São Paulo e a Prefeitura da capital assinaram um termo transferindo a responsabilidade pela retirada de árvores integralmente para a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB). Até logo, a gestão pela remoção de árvores que oferecem risco para a população e a fiação de força era compartilhada entre o poder público e a concessionária.
O documento foi disponibilizado pela campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), durante a sabatina desta quinta-feira (17) promovido pelos veículos RedeTV!, Folha de S. Paulo e UOL.
O termo aditivo informa que a empresa poderá “sujeitar à avaliação de SMSUB situações que entendem necessária a supressão de árvore em razão de riscos à segurança da população e/ou ao sistema de distribuição de força elétrica, ficando a função de SMSUB a remoção do réplica, caso entenda necessário, e à ENEL SP o plantio substitutivo, nos termos da legislação ambiental aplicável”.
O documento foi assinado pelo secretário da SMSUB, Alexandre Modonezi, e pelo presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre. O representante da concessionária afirmou, na manhã desta quinta-feira, que não há mais crise em relação à distribuição de força na capital e na região metropolitana, a despeito dos pelo menos 36 milénio clientes que ainda estão sem luz.
De concordância com Lencastre, o número está dentro da normalidade. “Estamos com 36 milénio clientes sem força. Isso significa uma operação [um número] muito próxima da normalidade no nosso negócio. Nós temos 8,2 milhões de clientes. Numa operação normal, esse número oscila, inclusive, entre esse patamar de 36 milénio ou até um pouco mais”, disse Lencastre em coletiva de prensa na manhã desta quinta.
Lencastre classificou o temporal que atingiu a capital e a região metropolitana na última sexta-feira (11) porquê “atípico”. Foram registrados ventos de até 100 quilômetros por hora, que danificaram áreas da Enel. De sexta para cá, tapume de 3,1 milhões de clientes ficaram sem luz. Os 36 milénio que ainda aguardam o restabelecimento do serviço registraram a falta de força posteriormente o evento climatológico de sexta-feira.
O apagão virou tema de campanha entre Boulos e Nunes. O prefeito culpa a empresa e o governo federalista pela falta de força. O deputado federalista, por sua vez, aponta para a inércia da Enel e da atual gestão municipal.
Edição: Nathallia Fonseca
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