A filha de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) está entre as vítimas do grupo criminoso especializado em desviar obras de arte de superior valor. O esquema foi desmantelado durante a Operação Portinari, desencadeada pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) na terça-feira (15/10).
A filha do magistrado havia arrematado o quadro em um leilão no Rio de Janeiro, e a obra seria enviada por meio de uma empresa especializada nesse tipo de transporte. No entanto, os criminosos, de combinação com as investigações, conseguiam fraudar o sistema de entregas de mercadorias, faziam o rastreio das obras de arte e desviavam o material do endereço de entrega original para um endereço falso, na Estrutural.
O nome da compradora da obra de arte será mantido em sigilo para preservá-la. Há indícios de que a associação criminosa seja responsável pelo ramal das obras de arte no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. As equipes da 8ª DP cumpriram três mandados de procura e consumição, sendo um em Santa Maria e dois na Estrutural, culminado na consumição de objetos relacionados ao delito e no indiciamento de um varão e uma mulher.
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Cimo valor
“Os quadros desviados possuem valores altos, girando em torno de no mínimo R$ 70 milénio cada obra, e alimentam um mercado ilícito específico e voltado à lavagem de moeda”, destacou o representante Rodrigo Carbone, responsável pelas investigações.
Entre as peças furtadas pelos criminosos, está o quadro “Homenagem aos Casais”, pintado em óleo sobre tela pelo artista Ivan Serpa, falecido em 1973. A obra havia sido arrematada em um leilão por R$ 79 milénio.
Também foi furtado um quadro assinado pelo artista Jorge Eduardo Guinle, em 1980. A obra havia sido leiloada com lance inicial de R$ 29 milénio. O terceiro quadro furtado foi pintado pela artista Maria Leontina, falecida em 1984.
Natividade/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de capote): Reprodução
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