O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, cancelou a sua participação no debate desta quinta-feira (17) promovido pelos veículos RedeTV!, Folha de S. Paulo e UOL. Ainda assim, o evento está mantido, mas, em vez de debate, haverá uma sabatina com o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol).
O cancelamento foi enviado às 00h33 pela assessoria de prensa do emedebista, a menos de 12 horas para o encontro. Ele também não compareceu ao debate realizado pelos jornais GLOBO e Valor Econômico junto à rádio CBN no dia 10 de outubro.
Desta vez, a privação de Ricardo Nunes está marcada pela crise energética que atinge a capital e a região metropolitana desde a última sexta-feira (11), quando um temporal com ventos de até 100 quilômetros por hora danificou áreas da Enel. A empresa é responsável pela distribuição de virilidade em São Paulo. Tapume de 3,1 milhões de clientes ficaram sem luz. De pacto com a própria concessionária, aproximadamente 36 milénio moradores ainda estão sem virilidade até às 8h desta quinta.
Em nota, a campanha de Nunes informou que comparecerá a uma reunião convocada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o que impossibilita a sua participação no debate. A assessoria ainda disse que outros compromissos foram cancelados desde a tempestade da última sexta-feira (11).
Desde o término do primeiro vez, no entanto, Nunes já vem indicando que não participaria de todos os debates previstos. O prefeito chegou a pedir aos veículos de informação a realização de um pool, quando as empresas se juntam para promover debates conjuntos, a término de diminuir a quantidade de encontros.
Tema de campanha
O apagão virou tema de campanha entre Boulos e Nunes no debate da Band de segunda-feira (11). O prefeito culpa a empresa e o governo federalista pela falta de virilidade. O deputado federalista, por sua vez, aponta para a inércia da Enel e da atual gestão municipal.
Ao chegar para o debate, Boulos afirmou que a responsabilidade pela fiscalização e regulação dos serviços prestados pela Enel é da Escritório Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que fica no guarda-chuva do governo estadual, comandado por Tarcísio de Freitas. Também disse que é função da Prefeitura a poda de árvores, por meio das 32 subprefeituras.
“As pessoas precisam assumir as suas responsabilidades, ainda mais quando são gestores públicos. Ele quer enganar as pessoas. O Lula tem que vir podar árvore em São Paulo? É isso que ele está sugerindo? O governo federalista não é o ente responsável para tratar disso, mas está fazendo o que pode diante de um prefeito omisso”, disse Boulos.
Nunes, do outro lado, reforçou que a Escritório Pátrio de Robustez Elétrica (Aneel) é responsável por regular e revistar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de virilidade elétrica, de pacto com a legislação. “A licença e fiscalização da Enel é do governo federalista. A cidade precisa saber de quem é a preterição. Discutir esse tema é fundamental”, afirmou Nunes ao chegar para o debate.
“Não queremos desculpa nem inércia. Eu já entrei com mais um reforço na Justiça. A Procuradoria-Universal do Município ingressou com mais um pedido de ação contra a Enel. Venho cobrando o Sandoval [Sandoval de Araujo Feitosa Neto, diretor-geral da Aneel] há muito tempo. Não dá para permanecer com essa empresa, e ele me garantiu que terá uma posição mais contundente contra a Enel”, disse Nunes.
Em nota, a Enel reiterou o “compromisso com a sociedade em todas as áreas em que atua e reforça que está fazendo os investimentos necessários para aumentar a qualidade dos serviços”.
Edição: Nathallia Fonseca
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