O segundo vez das eleições para a prefeitura da capital mineira será disputado pelo atual prefeito, Fuad Noman (PSD), e pelo deputado estadual Bruno Engler (PL). Nas últimas semanas, colegas de parlamento do parlamentar bolsonarista, dirigentes políticos e militantes sociais criticaram a atuação de Engler na Plenário Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A justificativa é que o candidato falta a muitas sessões e apresenta poucas propostas.
Ausências
Segundo o Quotidiano do Legislativo, neste ano, Engler faltou a 55,14% das reuniões do plenário da ALMG. Nessas reuniões, são debatidos e aprovados projetos de lei que impactam diretamente a vida da população.
Um dos encontros em que o deputado não estava presente aconteceu no dia 21 de fevereiro e discutiu temas porquê a geração de um programa de orientação e prevenção do cancro do tripa e a notícia de denúncias sobre violência doméstica e familiar, entre outros.
Bruno Engler também faltou à reunião do dia 19 de março, que, entre outros pontos, analisou o veto de Romeu Zema (Novo) a uma proposta de proteção ao consumidor contra contratações abusivas de produtos.
No período que compreende os dois mandatos do candidato, entre 2019 e setembro de 2024, ele acumula aproximadamente 47% de ausências.
O deputado também é membro de duas comissões da ALMG e, mesmo o regimento da Morada estabelecendo que só são permitidas cinco ausências consecutivas ou 10 alternadas nas reuniões ordinárias, Bruno Engler já acumula oito faltas na Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) e 13 na de Direitos Humanos (CDH).
Poucas propostas legislativas
Além das ausências em plenário, o candidato também tem sido criticado por ser pouco propositivo na sua atuação parlamentar. Na atual legislatura, que começou em 2023, ele apresentou unicamente seis projetos de lei (PL).
Por isso, entre os 77 deputados, ele está na 65ª posição no “ranking” dos que mais apresentaram propostas. Porquê confrontação, unicamente Jean Freire, do Partidos dos Trabalhadores (PT), já apresentou quase 200 projetos.
Os poucos PLs de autoria de Bruno Engler tratam de temas porquê a redução de direitos de pessoas em situação de privação de liberdade, valorização de artes marciais e “impedimentos aplicados aos ocupantes de prédios do Estado”.
Ao se considerar os últimos seis anos, o deputado apresentou unicamente 74 projetos e conseguiu legalizar só oito.
Atualmente, o salário mensal dos deputados estaduais de Minas Gerais é de mais de R$ 33 milénio.
Voto pela retirada de direitos
Membro da base do governador na ALMG, Engler se absteve na votação de 300% de reajuste salarial para Romeu Zema e na votação sobre a Reforma Administrativa, que modificou a estrutura de fiscalização e licença de licenciamento ambiental do estado.
“Nesses casos, a continência somou forças para que o projeto fosse de trajo confirmado”, avaliou a investigador social Lucileia Miranda, ao Brasil de Traje MG.
Outrossim, ele votou favorável ao projeto de lei 2.803/2021, que concede benefícios fiscais às locadoras de veículos. A medida ficou conhecida porquê “Lei Salim Mattar”, por proporcionar os sócios da empresa Localiza, doadores de campanha de Zema.
O Brasil de Traje entrou em contato com o deputado Bruno Engler, mas não obteve resposta. Caso o deputado se posicione, o texto será atualizado.
Manadeira: BdF Minas Gerais
Edição: Elis Almeida
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