Pelo menos 8 dos 15 pacientes que tiveram complicações em seguida um mutirão de cirurgias de catarata em Parelhas, a 245 km de Natal, no mês pretérito, precisaram retirar o orbe ocular afetado. A informação foi confirmada nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Saúde do município.
O mutirão aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. Ao todo, 48 pessoas passaram por cirurgias: 20 pacientes no primeiro dia e 28 no segundo.
Das 20 pessoas atendidas na sexta-feira (27), 15 apresentaram sintomas de endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.
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Infelizmente, 15 pacientes foram acometidos pela infecção bacteriana. Destes 15, 8 tiveram que retirar o orbe ocular, 4 fizeram cirurgia de vitrectomia [substituição de um gel que fica dentro do olho] e 3 seguem sendo acompanhados pelos oftalmologistas”, informou o secretário de Saúde do município, Tiago Tibério dos Santos.
Ainda de consonância com o secretário, o município abriu sindicância social público e começa nesta terça-feira (15) a ouvir as pessoas envolvidas no caso. Representantes da empresa Oculare Oftalmologia Avançada LTDA, contratada pelo município para realizar o mutirão, devem ser ouvidos nesta quarta-feira (16).
Segundo o município, muro de 330 procedimentos do mesmo tipo foram realizados desde maio de 2022, antes do mutirão de setembro. “Exclusivamente nesse tivemos complicações”, declarou o secretário.
Em nota, a empresa afirmou que o mutirão foi orientado por “oftalmologista experiente, tendo seguido os protocolos médicos e de segurança exigidos”.
Uma das pacientes afetadas é a cabelereira Izabel Maria dos Santos Souza, de 63 anos, que precisou fazer o procedimento chamado evisceração ocular no último dia 4 de outubro. A ação consiste na retirada do teor do orbe ocular, mas preserva os músculos da região.
Na manhã desta terça-feira (15), ela seguia internada no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal.
Infelizmente, 15 pacientes foram acometidos pela infecção bacteriana. Destes 15, 8 tiveram que retirar o orbe ocular, 4 fizeram cirurgia de vitrectomia [substituição de um gel que fica dentro do olho] e 3 seguem sendo acompanhados pelos oftalmologistas”, informou o secretário de Saúde do município, Tiago Tibério dos Santos.
Ainda de consonância com o secretário, o município abriu sindicância social público e começa nesta terça-feira (15) a ouvir as pessoas envolvidas no caso. Representantes da empresa Oculare Oftalmologia Avançada LTDA, contratada pelo município para realizar o mutirão, devem ser ouvidos nesta quarta-feira (16).
Segundo o município, muro de 330 procedimentos do mesmo tipo foram realizados desde maio de 2022, antes do mutirão de setembro. “Exclusivamente nesse tivemos complicações”, declarou o secretário.
Em nota, a empresa afirmou que o mutirão foi orientado por “oftalmologista experiente, tendo seguido os protocolos médicos e de segurança exigidos”.
Uma das pacientes afetadas é a cabelereira Izabel Maria dos Santos Souza, de 63 anos, que precisou fazer o procedimento chamado evisceração ocular no último dia 4 de outubro. A ação consiste na retirada do teor do orbe ocular, mas preserva os músculos da região.
Na manhã desta terça-feira (15), ela seguia internada no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal.
Ela está muito melhor, mas continua internada para o restante do tratamento, para ver se elimina a bactéria, que se espalhou para a pálpebra, para não passar para o cérebro e não virar alguma coisa mais grave”, afirmou um dos rebento dela, Evandro Santos.
“O psicológico dela está muito mexido, tanto para ela quanto para a família também, por ter precisado tirar o olho. Até agora não temos zero de informações sobre o que realmente aconteceu”, conta o rebento.
A filha de outra paciente com mais de 80 anos, que pediu para não ser identificada, contou que a mãe começou a sentir incômodo no olho recta logo no dia seguinte à cirurgia.
“No sábado mesmo eu e minha mana percebermos que saia muita secreção, mas porquê ela fez o retorno e o médico não disse zero, a gente achou que era normal. Na terça feira, resolvemos levar minha mãe de novo e, chegando lá, me surpreendi com tanta gente na mesma situação”, contou.
Segundo a filha da paciente, a mulher ficou internada no mesmo dia, recebeu emprego de antibiótico dentro do olho e teve subida no domingo seguinte (6). Porém, dois dias em seguida a subida, os familiares decidiram levar a idosa para consultas em Natal.
“Quando chegamos a Natal, o primeiro médico (privado) deu o tão temido diagnóstico, que tinha que ser feita a remoção do olho, e a encaminhou para o Hospital Walfredo Gurgel, que também confirmou e mandou ela para o Hospital Onofre Lopes. Lá, mais dois médicos confirmaram que tinha que ser feita a remoção do olho, para não passar para o outro e também para a infecção não generalizar e ela chegar à morte”, relatou.
“Diante de tudo que passamos, estamos mais aliviados, porque ela deixou de tolerar e, na medida do verosímil, vem se recuperando muito”, disse.
Em nota enviada ao g1, a empresa contratada pelo município de Parelhas para realizar as cirurgias, Oculare Oftalmologia Avançada, afirmou que o mutirão de cirurgias oftalmológicas foi orientado por um oftalmologista experiente”, que seguiu protocolos médicos e de segurança exigidos, “visando prometer o sucesso dos procedimentos e o bem-estar dos pacientes”.
“Logo que os primeiros casos de complicações foram relatados, a equipe médica prontamente reavaliou todos os pacientes e tomou as medidas necessárias para o tratamento subitâneo, disponibilizando serviço médico especializado em tempo integral. Os pacientes afetados estão recebendo toda a assistência médica, incluindo tratamento com antibióticos, conforme os melhores protocolos oftalmológicos, muito porquê submissão à realização de vitrectomia nos casos indicados”, informou a empresa.
Ainda de consonância com a nota, amostras biológicas foram coletadas e uma investigação é conduzida pela Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa) para entender o que poderia ter levado às infecções nos pacientes operados.
A Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Setentrião, informou que a apuração segue em curso e os “resultados serão comunicados ao termo do procedimento”.
Manancial/Créditos: G1
Créditos (Imagem de toga): Reprodução
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