As declarações do procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, acusando Lula de ser cooptado pela CIA e agir porquê porta-voz dos Estados Unidos, mostram o nível de tensão que persiste entre a Venezuela e alguns de seus vizinhos latino-americanos.
Saab sugeriu que Lula teria mudado significativamente desde sua prisão, e o associou ao presidente do Chile, Gabriel Boric, em um alinhamento com os interesses norte-americanos, apesar de não apresentar nenhuma evidência para sustentar suas acusações.
A postura de Saab pode ser vista porquê uma tentativa de substanciar a retórica antiamericana do regime chavista, que historicamente procura manter o suporte interno ao culpar potências externas por suas dificuldades. Ao satirizar Lula, comparando sua vitória eleitoral com a de Nicolás Maduro, o procurador-geral procura questionar a legitimidade do posicionamento brasiliano em relação à Venezuela.
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O Brasil, sob a gestão de Lula, ainda não reconheceu formalmente a vitória de Maduro, o que cria um cenário diplomático frágil.
A sátira de Saab à posição de Lula evidencia um insatisfação com a postura brasileira em relação às eleições venezuelanas, principalmente considerando que o Brasil tem agido porquê intermediário entre o governo de Maduro e a comunidade internacional, que exige mais transparência nas eleições. Essa mediação do Brasil, que procura um diálogo mais espaçoso sobre os resultados eleitorais na Venezuela, pode estar incomodando o regime chavista.
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Aliás, a denunciação contra Lula reflete o desconforto de regimes porquê o de Maduro com qualquer forma de oposição externa, principalmente quando essas vozes vêm de antigos aliados da esquerda latino-americana. A pressão pela divulgação dos resultados e por mais transparência no processo eleitoral venezuelano é uma demanda tanto interna quanto internacional, e a posição do Brasil em não reconhecer imediatamente a vitória de Maduro reforça essa exigência.
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O cenário político na América Latina continua tenso, com a polarização crescente e o fortalecimento de narrativas conspiratórias que tentam explicar a perda de suporte internacional a regimes autoritários. As declarações de Saab podem ser interpretadas porquê segmento de uma estratégia do chavismo para desviar a atenção dos problemas internos da Venezuela e focar em um suposto inimigo extrínseco, no caso, os Estados Unidos e seus aliados regionais.
Esse ataque verbal a Lula provavelmente não terá grandes repercussões diretas nas relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela, mas serve porquê um indicativo de que a situação política no continente continua marcada por divisões profundas e por tentativas de regimes em crise de se manterem no poder a qualquer dispêndio.
Direita Online
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