O governo de Minas Gerais, sob gestão de Romeu Zema (Novo), e as empresas de ônibus metropolitanos firmaram, na última segunda-feira (2), um concordância para a renovação parcial da frota de transporte na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) até 2025.
Serão adquiridos 850 novos ônibus, sendo que os primeiros veículos começarão a rodar ainda em 2024. O concordância, que foi homologado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), contou com a participação da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Advocacia-Universal do Estado (AGE).
R$ 382 milhões destinados à compra de 600 ônibus virão de indenizações ligadas à pandemia da covid-19 e ao rompimento da barragem de Brumadinho, violação que causou a morte de 272 pessoas e danos socioambientais na bacia do Rio Paraopeba.
Os outros 250 veículos serão adquiridos pelas empresas que atendem à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No entanto, apesar da renovação, os usuários apontam que os problemas estruturais do transporte público continuarão.
Usuários relatam instabilidade e descaso
Esther Silva, profissional de Tecnologia da Informação e usuária da traço que liga os municípios Rio Supra e Raposos a Belo Horizonte, afirma que a renovação é insuficiente e que se sente insegura utilizando o transporte público. Segundo ela, o problema também está na motoristas acumulam a função de cobradores, o que aumenta o risco de acidentes.
“Já vi várias vezes motoristas fazendo manobras arriscadas, porque estavam preocupados em dar o troco, enquanto dirigia um ônibus lotado. Isso coloca todo mundo em transe”, criticou.
Esther também relatou a experiência traumática de quase se envolver em um acidente na MG-030, em um trecho publicado pelos riscos constantes.
“Desenvolvi síndrome do pânico. Todo dia para ir trabalhar é um sofrimento e, com a Via Ouro, empresa que circula em Novidade Lima, não parando mais no BH Shopping, fiquei obrigada a remunerar mais dispendioso pela Saritur”, lamentou.
Aumentos tarifários
Além das críticas dos usuários, o transporte metropolitano da RMBH foi fim de discussões na Tertúlia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em janeiro deste ano, o governador Romeu Zema autorizou um novo aumento nas tarifas do transporte, o que gerou um movimento de negação por secção de deputados da oposição, que chegaram a instaurar uma CPI das tarifas, para investigar os sucessivos reajustes e as irregularidades do sistema.
No entanto, o governo estadual conseguiu volver uma liminar que impedia os aumentos, permitindo que as passagens continuassem com valores elevados, de concordância com os usuários.
Reclamações dos passageiros se acumulam
Luara Almeida, usuária da traço que liga Novidade Lima a Belo Horizonte, descreve sua frustração com a qualidade do serviço.
“Os ônibus estão sempre lotados, sujos e atrasados. É um descaso completo com o passageiro. R$ 9 é muito para um transporte que oferece tão pouco”, desabafou.
Segundo ela, os novos ônibus representam unicamente uma pequena melhoria, já que o número totalidade de veículos não será ampliado.
“Essa troca não resolve o problema. O sistema precisa de mais ônibus e os motoristas merecem melhores condições de trabalho”.
Outro lado
Em nota, a Seinfra explicou que o concordância firmado para a compra dos novos ônibus prevê a compra de veículos com e sem ar-condicionado, visando a otimização dos recursos disponíveis. A secretaria informou ainda que os critérios para alocação dos ônibus serão discutidos com os consórcios de transporte.
O Brasil de Indumento MG procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitanos (Sintram) para esclarecimentos sobre a situação dos motoristas e a provável recontratação de cobradores, mas não obteve resposta até o fechamento desta material. O espaço segue ingénuo para manifestações.
Natividade: BdF Minas Gerais
Edição: Ana Carolina Vasconcelos
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