Estamos há um ano (e alguns dias) cobrindo diariamente o genocídio palestino na Fita de Gaza e nesta semana, depois o 7 de outubro, olhamos para trás e continuamos chocados com a quantidade assombrosa de mortos em tão pequeno período de tempo: são 42 milénio palestinos assassinados pelos ataques de Israel, sendo que 17 milénio são crianças.
O natalício do ataque do Hamas a israelenses, que provocou a mais brutal ofensiva contra o enclave territorial palestino, nos obrigou a passar em revista — mais uma vez — os números do massacre.
Segundo a conceituada revista The Lancet, mortes diretas e indiretas em Gaza podem chegar a 186 milénio, já que falta contabilizar milhares de corpos não resgatados debaixo dos escombros criados pelos bombardeios.
Além dos falecidos, são mais de 97 milénio palestinos feridos em Gaza, sendo que pelo menos 25% deles sofreram lesões que mudarão suas vidas, incluindo murado de 3,5 milénio amputações, de contrato com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As vítimas foram meta das mais de 70 milénio toneladas de bombas atiradas por Israel em Gaza no último ano, quantidade maior do que os bombardeios da Segunda Guerra Mundial em Dresden, Hamburgo e Londres juntos.
Os que não foram mortos ou feridos pelas bombas sofrem as consequências da tragédia: estima-se que 50 milénio crianças precisem de tratamento para fome aguda, enquanto 32 pessoas já morreram por fome, incluindo 28 crianças de cinco anos.
Outrossim, na última semana, especialistas da superfície da saúde alertaram para mortes futuras relacionadas diretamente aos bombardeios, já que, ao destruírem as construções em Gaza, liberam quantidades gigantescas de asbesto, substância altamente cancerígena, na atmosfera.
“Em cada prédio que se derruba a quantidade de asbesto é significativa porque tem nas telhas, nas fibras das construções. E isso indiscutivelmente vai gerar um impacto não só agora, mas principalmente no transcurso dos anos, a pessoas que estão vivendo nessa situação de exposição a essas micropartículas”, explicou ao Brasil de Indumento o doutor Walter Costa, pneumologista da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Estima-se que 67% das instalações e da infraestrutura de chuva e saneamento e 90% das escolas na Fita de Gaza foram destruídas ou danificadas, fazendo com que uma eventual reconstrução possa ser concluída exclusivamente no ano de 2040.
Os dados apresentados na frieza dos números traduzem uma tragédia humanitária de grandes proporções que está sendo transmitida ao vivo, diariamente, diante dos olhos do mundo.
E, ainda assim, muitos meios de notícia seguem tratando a questão exclusivamente sob a perspectiva israelense, o que ficou simples e notório com a cobertura do último dia 7 que deu destaque aos atos em memória dos israelenses mortos pelo Hamas e exclusivamente algumas linhas aos mais de 42 milénio palestinos.
Um ano depois, o Brasil de Indumento tem a certeza de seguir reportando com compromisso humanitário e popular todos os conflitos do Oriente Médio, incluindo o massacre em Gaza.
Mais do que isso, a questão palestina e os crimes cometidos por Israel na região são tarifa no BdF desde sua origem, uma vez que demonstra a entrevista histórica com Yasser Arafat que fizemos no primórdio dos anos 2000.
A cobertura do genocídio em Gaza e todo o tratamento oferecido pela prensa ocidental à culpa palestina é um dos melhores exemplos de uma vez que o jornalismo popular e democrático é necessário para informar aos povos as verdadeiras disputas que se manifestam no noticiário internacional.
Cá no BdF, nós vemos e contamos o mundo para e pelos povos. E por isso precisamos que você leia e apoie o nosso jornalismo. Seguiremos reportando, até o termo da vexação contra os palestinos, e espero que em outubro do próximo ano a situação seja outra para Gaza.
Abraços,
Lucas Estanislau
Coordenador de Internacional
Edição: Martina Medina
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