Informações do setor de perceptibilidade da Polícia Social apontam que Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, pernoitou em um imóvel de luxo, com lago sintético e piscina, no Multíplice de Israel, na Zona Setentrião. A região foi escopo de uma operação policial nesta quinta-feira, mas, ao chegar na residência, localizada em Paragem de Lucas, Peixão já havia fugido.
Na ingressão do lugar, uma placa indicava que ali funciona o “Projeto social da muchacho ao idoso”, que seria realizado por Dani Cunha e Ulisses Marins, deputada federalista e vereador do Rio, respectivamente, ambos pelo União Brasil, além do deputado estadual Val Ceasa (PRD). Dani e Val afirmam desconhecer o projeto que, segundo informações preliminares da polícia, é de frontaria.
Na operação desta quinta-feira, realizada por agentes das polícias Social e Militar, oito suspeitos foram presos, além da mortificação de drogas e armas. No entanto, Peixão — detentor de 37 anotações criminais e que tem atuação caracterizada pelo roubo de cargas na região, além de tráfico de drogas e homicídios por intolerância religiosa — segue homiziado.
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Fábio Asty, solicitador titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), especializada que conduziu a investigação, observa que os parlamentares mencionados na placa não serão incluídos na investigação, que prossegue de forma sigilosa.
Procurado, o deputado estadual Val Ceasa (PRD) informou desconhecer o projeto, afirmando que nunca foi ao lugar em que está instalado. Já a deputada federalista Dani Cunha (União), filha do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Republicanos), também informa desconhecer o projeto.
“Desconheço o imóvel e o referido projeto, que não tem qualquer participação minha. Não tenho trabalhos em conjunto com o vereador Ulisses” Marins, explica a parlamentar. Segundo ela, neste pleito, inclusive, ela apoiou outro candidato a vereador na região: Robson Tavares (Republicanos), que não foi eleito.
Até a publicação da reportagem, não recebemos um posicionamento do vereador Ulisses Marins (União).
No imóvel em que funcionaria o projeto, além de um lago sintético na superfície de lazer, há dezenas de palmeiras na ingressão do imóvel, assim porquê uma espécie de sombra, feito com palhas. Enquanto algumas casas da vizinhança sequer têm emboço nas paredes, a propriedade usada por Peixão tem suas laterais com gramados, além de jardins cercando os muros. Pedras naturais também são usadas para a decoração.
O lago sintético, que tem uma explosivo para manter a chuva tratada, é extenso. Depois dele, o quintal ainda é ocupado por uma piscina, um mini campo de futebol e superfície coberta, que abriga a churrasqueira.
— É uma estrutura de oásis de luxo, com lago sintético, carpas, liceu de ginástica, areia de praia. Uma propriedade bastante suntuosa que era usada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, vulgo Peixão, e, por pouco tempo, a gente não conseguiu conquistar e prendê-lo — afirmou Fábio Asty.
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