A Professora Angela, candidata a vereadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) foi eleita com 6.294 votos uma vez que vereadora em Curitiba. É a primeira vez na história do partido que uma candidatura se elege para o Legislativo da cidade.
O dia 29 de abril de 2015 é considerado um divisor de águas na vida da vereadora, que toma posse em 2025. Esse foi o dia do “Massacre do Núcleo Cívico”, incidente de violência do governo Beto Richa (PSDB) contra os professores do estado. Angela Machado ficou conhecida pela icônica imagem que ilustra leste texto, em que ela foge de um pelotão da polícia que reprimia os manifestantes. Desde logo ela se envolveu com mais profundidade na política partidária.
Foi naquele momento que ela se decidiu filiar-se ao partido. “Entrei no Psol em 2015, logo em seguida o Massacre do Núcleo Cívico, senti que eu precisava militar organizadamente num partido e escolhi o Psol, que é o partido que carrega as bandeiras que acredito. De lá pra cá, venho trabalhando na construção desse partido”, conta.
Com o tempo, seu nome começou a ser escolhido para concorrer a eleições. Primeiro, foi candidata à governadora do Paraná, em 2022, e nas eleições de 2024, foi uma das candidaturas prioritárias do partido no estado.
“Decidi me candidatar por crer que a política é uma instrumento, uma capacidade necessária para transformar toda essa verdade injusta que a gente vive. Eu não tenho legado política, não tenho padrinhos políticos, não sou empresária. Faço uma jornada autônoma com movimentos sociais. Decidi me candidatar justamente porque acredito que Curitiba precisa de um procuração verdadeiramente socialista e comprometido com a classe trabalhadora, que seja um polo de fala das lutas, debate crítico e teorema para a cidade. Um lugar para lutar contra a violação dos nossos direitos. É necessário que pessoas uma vez que nós ocupemos os espaços institucionais”, diz Angela.
Em entrevista anterior ao Brasil de Veste Paraná, a vereadora eleita do Psol Curitiba conta que foram seus pais que lhe ensinaram a ter consciência política. “Sou filha de um pedreiro e de uma modista que sempre me ensinaram a ter consciência de classe. Sempre fui sindicalizada e militante da instrução, sempre estive na resguardo da instrução”, diz.
Psol na Câmara Municipal de Curitiba
Ângela diz saber que o momento é difícil em Curitiba, mas está preparada para enfrentar o progressão da extrema direita e a política do ódio.
“Ficamos muito felizes em invadir o primeiro procuração em Curitiba. É uma mostra de que existe espaço para as nossas lutas e ideias. Ao mesmo tempo, o cenário na cidade é duro. A extrema direita avançou e teremos pela frente um duelo difícil de combater o conservadorismo e a política de ódio. Mais do que nunca, um procuração do Psol será muito necessário”, diz. Para ela, as pautas centrais a serem trabalhadas em seu procuração serão instrução, mulheres e recta à cidade.
“Precisamos pensar uma Curitiba para as mulheres e mães trabalhadoras, para a juventude, para o povo. Queremos ser um procuração conectado aos movimentos sociais e que ecoe na Câmara as lutas das ruas”, conclui.
Nascente: BdF Paraná
Edição: Lucas Botelho
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