A expressiva votação do atual prefeito de Porto Contente, Sebastião Melo (MDB), que conseguiu 49,7% dos votos válidos nas eleições municipais deste domingo (6), indica o cenário reptador para a candidatura de esquerda no segundo vez da capital gaúcha. Maria do Rosário (PT) conseguiu 26,28% da preferência dos eleitores.
Melo não se mostrou suficientemente desgastado diante da responsabilidade da gestão municipal nas enchentes de maio deste ano. A postura comedida da concorrente pode não ter contribuído para apresentá-la porquê opção que pode mudar a verdade do município, principalmente no processo de reconstrução posteriormente as cheias.
“Eu acho que a gente entrou muito facilmente nessa teoria de que agora é ‘somar esforços’, ‘não identificar culpados’. Um momento de solidariedade é importante, ainda mais numa tragédia. [Uma tragédia que] não só é motivada por fatores climáticos, que também é consequência de opções políticas, mas de problemas estruturais que, estes sim, são de responsabilidade das administrações”, analisa a economista Juliane Furno, comentarista do podcast Três por Quatro, do Brasil de Trajo.
No caso de Maria do Rosário, Furno lembra que a taxa dos direitos humanos é uma marca da candidata, fazendo secção da trajetória dela porquê parlamentar, e que negá-la pode gerar suspeição no eleitorado.
“Quando você é confrontado, por exemplo, com temáticas porquê monstro, com temáticas que você historicamente foi um patrono. Se você tem capacidade de em 20 minutos se exprimir, explicar o que é tutelar o monstro, você tira aquela nuvem do que que isso significa. Quando você não se posiciona, quando você cai na casca de banana, quando você muda de opinião, isso soa totalidade falta de autenticidade, de firmeza ideológica”, avalia.
Ela pondera que a direita tem mais condições de menear temas porquê estes sem que eles sejam fortemente explorados, mas aposta que o tema dos direitos humanos é a “fortaleza” da candidata. “Ela tem capacidade de provar o que que isso significa na prática que é, inclusive, se cevar, é ter trabalho. Não é só uma taxa ideologicamente dispersa ali.”
Furno avalia que a campanha deve focar no que diferencia a esquerda porquê projeto de governo. “Eu acho que a gente tenta não caber no figurino do palatável e isso nos descaracteriza, na medida que nos descaracteriza, nos tira a identidade. Eu acho que isso é um ponto falho, não um ponto possante.”
Edição: Thalita Pires
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