A capital do Líbano, Beirute, viveu sua “noite mais violenta” depois ser atingida por mais de 30 bombardeios de Israel na madrugada deste sábado (05) para o domingo (06). Segundo a Escritório Vernáculo de Notícias do Líbano (ANN), os ataques atingiram a região sul de Beirute e continuaram até a manhã deste domingo, tendo porquê alvos, além de bairros residenciais, um hotel e um posto de gasolina.
O Ministério da Saúda libanês disse que pelo menos 23 pessoas morreram e 93 ficaram feridas na vaga de ataques desta madrugada. De concordância com a pasta, mais de 2 milénio pessoas já foram mortas desde que Israel iniciou a ofensiva.
Na última terça-feira (1), autoridades israelenses determinaram a ingressão de tropas na fronteira com o Líbano sob a justificativa de combater o grupo político-militar Hezbollah. A ação veio depois Israel matar o líder do movimento libanês, Hassan Nasrallah, em um bombardeio, o que elevou a tensão entre os países.
A morte de Nasrallah gerou uma reação do Irã, país que apoia grupos de resistência islâmica na região. No dia 1 de outubro, Teerã disparou mais de 200 mísseis contra Tel Aviv e disse que “se o regime sionista reagir às operações iranianas, enfrentará ataques devastadores”.
Neste sábado (5), o governo israelense disse que está em “alerta supremo” antes do dia 7 de outubro, que marca um ano dos ataques do Hamas e do início do genocídio cometido por Israel na Filete de Gaza.
O porta-voz do tropa israelense, Daniel Hagari, afirmou que o país “prepara uma resposta” à agressão lançada na terça-feira pelo Irã contra seu território. “Esta semana rememoramos o natalício da guerra e o 7 de outubro. Estamos preparados com mais forças previamente para levante dia”, disse.
Protestos contra genocídio e Israel
Milhares de manifestantes foram às ruas, neste sábado (5), em Londres, Paris, Madri, Caracas e Cidade do Cabo, para pedir um cessar-fogo em Gaza e no Líbano. Manifestantes pró-palestinos marcharam nessas cidades de Europa, África e América do Sul para exigir o término da guerra, que já deixou quase 42 milénio mortos em Gaza e mais de 2 milénio no Líbano.
Em Londres, os manifestantes, vindos de toda a Inglaterra, com cartazes e bandeiras palestinas e libanesas, percorreram o núcleo da capital britânica entoando palavras de ordem porquê “Parar-fogo agora!”, “Do rio até o mar, a Palestina será livre!” e “Tirem as mãos do Líbano!”.
O protesto na capital britânica foi liderado, entre outros, pelo ex-dirigente do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn (hoje independente) e o ex-primeiro-ministro escocês Humza Yousaf. Muitos manifestantes portavam cartazes com a frase: “Starmer tem sangue nas mãos”, em referência ao atual premiê britânico, o trabalhista Keir Starmer.
O primeiro-ministro pediu um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, além de suspender algumas licenças de armas a Israel. No entanto, autorizou na última semana ataques britânicos em conjunto com os EUA ao Iêmen, para atingir alvos do grupo Houthis, aliados da Palestina.
Em Roma, uma marcha com milhares de pessoas acabou sendo reprimida pela polícia, com lançamento de gás lacrimogênio e jatos d’chuva. “Queremos que Gaza seja livre!”, “A revolução começou em 7 de outubro!”, “A Itália deve deixar de vender e enviar armas a Israel, devemos interromper imediatamente o genocídio em Gaza!” e “Israel, um Estado criminoso!”, gritavam os manifestantes.
Em Berlim, a polícia disse que prendeu 26 pessoas que fizeram insultos a uma marcha em prol de Israel. Em Madri, a revelação reuniu muro de 5 milénio pessoas, com cartazes com lemas porquê “Boicote a Israel” e “A humanidade morreu em Gaza”. Os manifestantes instaram o presidente de governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, a romper relações diplomáticas com o país.
Na capital venezuelana, Caracas, centenas de simpatizantes do governo de Nicolás Maduro e membros da comunidade mouro na Venezuela protestaram em frente à sede da ONU. Com uma bandeira de 25 metros da Palestina e aos gritos de “Viva a Palestina livre!”, os manifestantes entregaram um documento à organização multilateral para pedir o término do genocídio do povo palestino.
Em Paris, centenas de pessoas marcharam para provar “solidariedade a palestinos e libaneses”, enquanto em Dublin, na Irlanda, outras centenas manifestaram pedestal aos moradores de Gaza com gritos de “liberdade e justiça para os palestinos”.
Na África do Sul, no núcleo da Cidade do Cabo, centenas de pessoas se manifestaram tremulando bandeiras palestinas e entoando palavras de ordem porquê “Israel é um Estado racista”.
*Com AFP
Edição: Nicolau Soares
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