Comentários irrita por ser tema usado por Bolsonaro, mas avaliação do Itamaraty é de que se trata de discurso para o eleitorado
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não responderá às críticas do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) às urnas eletrônicas brasileiras às vésperas da eleição presidencial da Venezuela, segundo apurou o Poder360. Entretanto, o episódio causou irritação, já que a credibilidade do sistema é questionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na 3ª feira (23.jul.2024), o venezuelano afirmou que o sistema de votos do Brasil é “inauditável”. Segundo ele, o país tem “o melhor sistema eleitoral do mundo”, com 16 auditorias. “Onde mais no mundo se faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é inauditável. No Brasil? Eles não auditam um único registro”, disse em comício.
O Ministério de Relações Exteriores minimizou a declaração e avalia como um discurso para o eleitorado. O Itamaraty também considera que Lula já se posicionou ao cobrar respeito aos resultados das eleições brasileiras e que não vale, neste momento, entrar em embate retórico.
Há, porém, preocupação de que Maduro possa não deixar o poder caso perca a eleição. Neste caso, o Brasil e outros países poderiam condenar maduro e definir sanções.
Assista ao que disse Nicolás Maduro (1min55s):
TSE ACOMPANHARÁ ELEIÇÕES
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou em 17 de julho que enviará 2 representantes para acompanhar as eleições presidenciais da Venezuela.
A medida é uma praxe realizada pela organização, que também costuma receber delegações internacionais para os pleitos do país.
A eleição venezuelana será realizado no domingo (28.jul). No poder desde 2013, Maduro disputa a presidência com outros 9 candidatos.
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