Movimentos populares da América Latina e do Caribe se reúnem em Havana, capital de Cuba, para dar início à 6ª edição da Escola Latino-Americana de Ensino Política, espaço talhado ao intercâmbio de experiências e à reflexão sobre os desafios enfrentados pelas forças políticas democráticas, progressistas e de esquerda no continente.
Com a participação de 28 organizações de 16 países, o encontro é promovido pelo Meio Memorial Martin Luther King (CMLK), espaço ecumênico de inspiração cristã que se dedica ao séquito do povo cubano e à instrução popular na ilhéu. A Escola Latino-Americana de Ensino Política tem porquê objetivo fortalecer a formação teórica e política de movimentos populares, partidos políticos e espaços religiosos de base, que a cada dia constroem alternativas contra a exclusão e a exploração do sistema numulário.
As atividades se estenderão até o dia 10 de outubro, trabalhando uma variedade de temas relacionados à estudo do contexto regional e à construção de alternativas.
Entre as atividades principais do evento, destacam-se espaços de estudo da dimensão religiosa dos processos políticos e sociais, incluindo exercícios de leitura popular da Bíblia.
Também será exibido pela primeira vez em Cuba o documentário Fé em Disputa – A subida dos evangélicos no Brasil, produzido pelo Brasil de Vestuário. O filme explora o desenvolvimento de igrejas evangélicas no Brasil e mostra experiências progressistas dentro das igrejas evangélicas, em sua maioria conservadoras, investigando o protestantismo, em suas várias formas, e o interesse da classe trabalhadora.
Por ocasião do dia 7 de outubro, natalício da escalada do conflito israelense-palestino e do início do genocídio em Gaza, a escola fará segmento das várias atividades de solidariedade com o povo palestino que acontecerão na capital cubana. As atividades incluirão uma marcha exigindo o termo do genocídio perpetrado pelo Estado de Israel e o saudação à autodeterminação palestina.
Sayonara Tamayo Arjona, coordenadora da superfície de relações internacionais do CMLK, explica ao Brasil de Vestuário que o desenvolvimento desta sexta edição da escola de formação política é “uma modesta tributo aos processos de pronunciação regional e ao fortalecimento das organizações populares em nossa região”.
A Escola Latino-Americana de Formação Política faz segmento dos esforços de pronunciação da ALBA Movimentos e da Parlamento Internacional dos Povos, plataformas de solidariedade e coordenação de organizações populares.
“Esta reunião está ocorrendo em um contexto particularmente difícil, no qual estamos enfrentando um possante propagação da direita, não unicamente no nível regional, mas também no nível internacional. Ao mesmo tempo, as forças populares estão, até perceptível ponto, enfraquecidas e até desmobilizadas em alguns contextos. Isso abre um conjunto de desafios que acreditamos ser importante discutir e refletir. De certa forma, levante espaço de formação tem porquê objetivo abordar essas discussões”, disse.
Ela destaca que “a guerra da cultura e das ideias” se torna cada vez mais importante para “reconstituir um projeto de esquerda em nossa América”. Um projeto que, afirma, deve se expressar em processos de lutas concretas a partir dos quais se possa erigir um horizonte socialista.
Laura Capote, membro da ALBA Movimientos, disse ao Brasil de Vestuário que há anos eles vêm trabalhando em um “processo de construção e consolidação de um sistema continental de formação política a partir de nossa pronunciação”, do qual o CMLK faz segmento desde o início.
“A teoria desse sistema continental de formação política é gerar instâncias de formação política que transcendam o contexto pátrio. Entendendo que a única maneira de proferir as diferentes metodologias, concepções e tradições político-pedagógicas é precisamente colocando em diálogo a inconstância em termos de treinamento que existe em nosso continente. Inconstância que, apesar das diferentes raízes, nos encontra e converge em um projeto geral”.
Edição: Lucas Estanislau
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