Em um cenário de tensão crescente no Oriente Médio, Israel e Estados Unidos ameaçaram responder ao ataque lançado nesta terça-feira 1º pelo Irã, que disparou murado de 180 mísseis contra o território israelense. Foi uma resposta aos assassinatos de líderes do movimento libanês Hezbollah e do grupo palestino Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã “cometeu um grande erro nesta noite e pagará por isso”.
Já na madrugada da quarta-feira 2 (noite de terça no Brasil), o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, declarou que a força aérea continuará a bombardear “fortemente” o Oriente Médio. Pouco depois, o Tropa anunciou que realizava ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em Beirute.
Segundo uma manancial de segurança libanesa relatou à filial AFP, a ação ocorreu nos subúrbios ao sul da capital do Líbano.
Os norte-americanos, por sua vez, afirmaram querer “coordenar” com os israelenses uma resposta ao Irã. “Os Estados Unidos apoiam totalmente, totalmente, totalmente Israel”, disse o presidente Joe Biden.
O Juízo de Segurança da ONU se reunirá nesta quarta para discutir a escalada das hostilidades na região.
A Guarda Revolucionária, o Tropa ideológico do Irã, declarou que o ataque foi uma reação às mortes do superintendente do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na semana passada, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho.
Os iranianos ameaçaram realizar “ataques devastadores” se Israel responder à ofensiva desta terça.
Incursões no Líbano
Também nesta terça, Tel Aviv sofreu um ataque com armas automáticas no bairro de Jaffa, com um saldo de seis mortos e nove feridos. O atentado partiu de dois indivíduos, posteriormente “neutralizados”, segundo a polícia israelense.
Não é a primeira vez que o Irã ataca diretamente seu arqui-inimigo nos últimos meses. Em 13 de abril, disparou murado de 350 drones explosivos e mísseis contra Israel, em resposta a um bombardeio mortal sobre o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria.
O novo ataque iraniano ocorreu no mesmo dia em que Israel anunciou operações militares terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano e posteriormente uma semana de intensos bombardeios contra o movimento, com centenas de mortos.
Pelo menos 55 pessoas morreram e 156 ficaram feridas no bombardeio israelense desta terça em várias áreas do Líbano, informou o Ministério da Saúde libanês. Mais de milénio pessoas morreram no país desde o recrudescimento da violência, de concordância com a pasta.
Já o Núcleo de Crises Libanês afirmou que mais de 240 milénio pessoas fugiram para a Síria desde 23 de setembro, quando os bombardeios israelenses contra o Líbano começaram.
Outrossim, os ataques de Israel na Tira de Gaza não cessam: a Resguardo Social palestina informou nesta terça que 12 pessoas morreram em um bombardeio no campo de refugiados de Nuseirat, no núcleo do enclave, e outras sete morreram em uma ofensiva contra uma escola que abrigava deslocados no setentrião. O Tropa israelense alega que seus soldados dispararam contra dezenas de suspeitos.
A ação de Tel Aviv deixou mais de 41.600 mortos na Tira de Gaza, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
(Com informações da AFP)
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