Presidente brasileiro disse que ficou “assustado” com a menção do venezuelano a “banho de sangue” se perder as eleições
O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), reagiu nesta 3ª feira (23.jul.2024) à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressando preocupação com sua declaração sobre a possibilidade de um “banho de sangue” caso perca as eleições. Na 2ª feira (22.jul), Lula disse ter se “assustado” com a fala.
“Eu não disse mentiras. Só fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila”, declarou Maduro em comício na cidade de San Carlos, a capital do Estado de Cojedes, no noroeste do país.
O venezuelano não citou diretamente o chefe de Estado brasileiro, mas usou o mesmo termo que ele. “Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita”, disse.
A jornalistas de agências internacionais, Lula afirmou que Maduro precisa respeitar o processo democrático para o país voltar à normalidade. O petista disse que o líder do país vizinho precisa aprender a vencer e a perder eleições.
“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora”, declarou.
Banho de sangue
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), disse na 4ª feira (17.jul.2024) que o país pode acabar em “banho de sangue” e “guerra civil” caso ele perca as eleições.
As declarações foram dadas durante um comício de campanha realizado na Parroquia de La Vega, em Caracas, capital venezuelana.
Na ocasião, Maduro pediu para os eleitores garantirem a “maior vitória na história eleitoral”.
“Em 28 de julho, se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo”, disse o líder venezuelano.
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