O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), impôs mais medidas para que a rede X, de Elon Musk, volte a funcionar no Brasil. O ministro negou o pedido dos advogados da rede para que o retorno da plataforma fosse inopino.
Para o desbloqueio, Moraes exigiu que:
- A X Brasil informe, com expressa autorização da Starlink, se os valores devidamente bloqueados serão usados para preenchimento da multa em consequente desistência dos recursos interpostos;
- pede pagamento inopino da multa de R$ 10 milhões devido ao descumprimento de ordem judicial por dois dias;
- e que a representante lícito do X no Brasil, Rachel de Oliveira pague multa de R$ 300 milénio.
A multa de R$ 10 milhões refere-se ao “drible” que X deu no bloqueio brasiliano à plataforma. Em 18 de setembro, o X voltou a ser acessado pelos internautas brasileiros.
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De concordância com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), uma atualização da rede de Elon Musk fez com que ela operasse de modo dissemelhante, utilizando endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare, dificultando um novo bloqueio.
O serviço Cloudflare faz uso de IPs dinâmicos que mudam sempre. O bloqueio dos endereços dinâmicos e do Cloudflare poderia acarretar no prejuízo para outros serviços, uma vez que bancos e grandes plataformas de internet.
Moraes impôs multa diária de R$ 5 milhões pelo tempo que o bloqueio fosse desrespeitado. Depois averiguar documentos enviados ao STF, uma vez que os da Anatel, o ministro verificou que o desrespeito ficou ativo por dois dias, por isso, os R$ 10 milhões.
Documentação
Nesta quinta-feira (26/9), o X (vetusto Twitter) apresentou uma petição com a documentação exigida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), a término de tentar derrubar a suspensão da plataforma no Brasil.
Entre as exigências atendidas pelos advogados constavam o registro da plataforma na Junta Mercantil brasileira; registro em cartório para oficializar a advogada Rachel de Oliveira Conceição uma vez que representante lícito no país; e comprovação do bloqueio de nove contas de usuários investigados, acusados de cometer violação.
O X informou que “foram apresentados todos os documentos solicitados e requerido o reestabelecimento da plataforma”. Assim, a empresa pediu o desbloqueio da rede no país, mas Moraes impôs novas exigências.
Assinaram a petição os advogados Fabiano Robalinho Cavalcanti, Caetano Berenguer, André Zonaro Giacchetta, Daniela Seadi Kessler e Sérgio Rosenthal.
Respostas de autoridades
Nessa quarta-feira (25/9), no contextura da mesma ação, a Polícia Federalista (PF) e a Sucursal Vernáculo de Telecomunicações (Anatel) anexaram documentos sobre o aproximação de brasileiros à rede social X, suspensa no país pelo STF desde o último dia 30 de agosto. Os autos tramitam sob sigilo judicial.
Na última quinta-feira (19/9), a PF começou a investigar e identificar usuários no Brasil da plataforma X que permaneceram usando a rede social mesmo posteriormente o bloqueio, decretado inicialmente pelo ministro Alexandre de Moraes e depois confirmado pela Primeira Turma da Namoro.
As pessoas identificadas poderão ser multadas, conforme determina a decisão da Suprema Namoro. Moraes impôs multa diária de R$ 50 milénio por descumprimento, inclusive pelo uso de ferramentas de VPN, que maquiam a localização do internauta.
A identificação, agora sob o trabalho da PF, foi um pedido da Procuradoria-Universal da República (PGR) e autorizada por Moraes. As multas poderão ser aplicadas a qualquer usuário que tenha infringido a decisão judicial. Alguns parlamentares chegaram a fazer posts em canseira à mandamento.
Ainda na semana passada, o X ficou conseguível no Brasil e a Anatel informou ao Supremo que uma atualização da própria rede “driblou” o bloqueio.
Manadeira/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de cobertura): Igo Estrela/Metrópoles
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