O Conexão Política levantou a ficha criminal de Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, o entregador envolvido na morte do procurador Mauro Guimarães Soares durante um assalto na manhã de sábado, 21. Campos estava cumprindo pena em regime de albergue domiciliar, o que lhe permitia rodear pela cidade durante o dia, com a obrigação de retornar para moradia à noite e sem poder deixar a cidade sem informar a Justiça.
Réprobo em 2020 a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por organização criminosa, Campos teve sua pena convertida para o regime de albergue domiciliar. Segundo a Lei de Realização Penal, o regime é facultado a pessoas com grave potencial de periculosidade e sem histórico de crimes violentos. No entanto, Campos, que também já foi denunciado de roubo, violência doméstica e receptação, foi recluso em flagrante ao menos quatro vezes, de congraçamento com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Questionado sobre a licença do mercê, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que não comentaria o caso específico. Em nota, declarou: “Os magistrados têm independência funcional para resolver com base nos documentos dos autos e seu livre convencimento, uma garantia do Estado de Recta”.
Campos, que não se enquadra nos critérios tradicionais para o regime domiciliar, porquê idade avançada ou problemas de saúde graves, provavelmente obteve o mercê alegando questões de saúde, comuns em casos onde o tratamento médico não pode ser adequadamente oferecido no sistema prisional.
Na manhã do assalto, Campos e um sócio abordaram o procurador Mauro Soares e sua esposa, Ana Paula Batista Ramalho Soares, também policial, enquanto o par caminhava na Rua Caio Graco, na Vila Romana, zona oeste de São Paulo.
O procurador reagiu, disparou contra Campos, que caiu ferido e foi imobilizado por Ana Paula, enquanto o sócio fugiu e segue homiziado. O caso foi registrado porquê latrocínio no 91º Província Policial e será investigado pelo Deic, onde Soares trabalhava.
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