A Justiça decidiu que o influenciador Cauê Moura é obrigado a indenizar Roger Moreira e Marcos Kleine, integrantes da filarmónica Ultraje a Rigor, em R$ 20 milénio por danos morais. Cada artista receberá R$ 10 milénio. O processo judicial foi provocado por um incidente em um podcast veiculado no YouTube, onde Cauê Moura usou palavras ofensivas para caracterizar Roger Moreira. A notícia é do UOL.
Marcos Kleine também se sentiu insultado não só pelo título do vídeo, mas também pelo uso de sua imagem na miniatura. Os representantes legais dos músicos alegaram que as afirmações feitas ultrapassaram os limites do recta à liberdade de sentença. Em 2023, Cauê Moura divulgou um vídeo onde ele se referia a Roger uma vez que “lambe-botas de milico”, “escória” e “facho”. O vídeo foi intitulado O Racismo é um Ultraje!
Tais manifestações superam os limites da liberdade de sentença, pois atacam a honra e a imagem dos autores, ao imputar-lhes pecha de apoiadores de regimes autoritários e antidemocráticos”, afirmou a resguardo dos artistas no processo.
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Na sua justificativa, Cauê Moura declarou que unicamente estava noticiando acontecimentos semanais e operou dentro do seu recta à liberdade de sentença. Ele “Trouxe informações a reverência de diversas postagens realizadas na internet pelo responsável Roger, e afirmou que levante é, reconhecidamente, sufragista e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujos discursos foram muitas vezes relacionados ao fascismo”, disse.
Sobre o título, o influenciador declarou que fazia sentido com o teor do vídeo, que aborda o comprometimento do jogador Vinicius Jr. na luta contra o racismo. “Não há nos autos qualquer evidência de que o título buscou associar a filarmónica Ultraje a Rigor ao racismo”, pontuou.
A magistrada Rebeca Uematsu, que cuida do caso, julgou as expressões utilizadas por Moura uma vez que ofensivas e determinou que ele pagasse uma indenização de R$ 10 milénio para cada músico. “Tais palavras têm natureza evidentemente ofensiva, pois atacam a honra e imagem dos autores ao imputar-lhes pecha de apoiadores de regimes autoritários e antidemocráticos”. Cauê Moura optou por recorrer da sentença.
Créditos (Imagem de revestimento): Reprodução
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