O primeiro-ministro conservador da França, Michel Barnier, propôs, nesta quinta-feira 19, a lista de seus ministros ao presidente Emmanuel Macron, que lhe confiou um “governo de unidade” para tentar obter uma maioria firme no Parlamento.
Barnier, que se reuniu previamente com seus futuros aliados de núcleo e direita, apresentou a Macron “um governo pronto para agir a serviço dos franceses”, anunciou seu gabinete.
Na França, onde o presidente compartilha o poder Executivo com o governo, cabe ao presidente nomear “a proposta do primeiro-ministro” aos membros do gabinete. Segundo a pasta de Barnier, a nomeação solene ocorrerá “antes de domingo”, depois da verificação das incompatibilidades.
Embora a coalizão de esquerda Novidade Frente Popular (NFP) tenha vencido as eleições legislativas antecipadas em junho sem maioria, Macron nomeou Barnier uma vez que primeiro-ministro em 5 de setembro, ao entender que tinha mais opções para superar uma moção de exprobação.
Em seguida a recusa da NFP em apoiá-lo, Barnier tentou formar um governo com a federação de centro-direita de Macron e seu conservador Partido Republicano (LR).
A sobrevivência do novo governo depende de que a extrema direita não apoie uma verosímil moção de exprobação.
Gabriel Attal, ex-primeiro-ministro ‘macronista’, informou a seus deputados que o governo de Barnier teria 16 ministros principais, dez deles da federação do presidente, três do LR e um da esquerda não-NFP, de harmonia com um resumo da reunião.
Entre os nomes propostos por Barnier, o atual ministro da Resguardo, o centro-direitista Sébastien Lecornu, permaneceria no função, e o centrista Jean-Noël Barrot deixaria a Secretaria de Estado para Europa para assumir o Ministério das Relações Exteriores, segundo várias fontes.
O LR, um partido que já foi governante e que atualmente está em declínio, obteria o cobiçado Ministério do Interno para o seu líder no Senado, Bruno Retailleau, um patrono de uma risca dura na questão migratória, segundo fontes do partido.
As negociações são marcadas pela tensão nesta reta final, entre outros motivos, pela distribuição dos cargos entre os partidos, sobretudo porque a federação de Macron têm 166 dos 577 deputados, enquanto o LR reúne unicamente 47.
Os ‘macronistas’ também fariam oposição a um aumento de impostos para serenar “a situação fiscal muito grave”, nas palavras de Barnier, na França, das quais déficit público e dívida excedem os limites estabelecidos pelas regras da União Europeia.
Em seu transmitido, o patrão de governo indicou que seus objetivos incluem “prometer a segurança, controlar a imigração”, “controlar as finanças públicas e reduzir a dívida ecológica”, além de “melhorar a vida dos franceses”.
Barnier indicou, durante a reunião, que não estava considerando um “aumento de impostos sobre a classe média e os trabalhadores franceses”, esclareceu Attal aos seus deputados.
O tempo está se esgotando. O governo já está retardado na apresentação de seu projeto de orçamento para 2025 ao Parlamento, um momento fundamental para confirmar se tem o pedestal necessário entre os parlamentares para poder governar.
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