O juiz eleitoral Paulo Cesar Batista dos Santos cassou a candidatura à reeleição do prefeito de Campinas, na Grande São Paulo, Dário Saadi (Republicanos), por desfeita de poder político nas eleições deste ano. A decisão, assinada nesta quinta-feira 19, ainda impede o político de concorrer a cargos públicos pelos próximos oito anos.
A medida diz saudação à gravação de peças de campanha em pelo menos três órgãos municipais (uma creche, uma UPA e em um hospital), locais aos quais Saadi só tem chegada por ser prefeito. O processo foi movido pela coligação que reúne PT, PCdoB, PV, Psol e Rede Sustentabilidade.
Porquê a decisão ainda pode ser contestada com recursos, o candidato poderá permanecer em campanha enquanto aguarda o julgamento do caso. À reportagem, a campanha de Saadi afirmou ter recebido a sentença com “indignação” e acusou seu inimigo, o petista Pedro Tourinho, de tentar “tumultuar as eleições” na cidade.
Na ação, a legenda alegou que o prefeito estava utilizando “recursos e bens públicos porquê instrumentos de promoção pessoal e eleitoral”, prejudicando o princípio de paridade na disputa.
Os argumentos foram acolhidos pelo juiz do caso, que afirmou ter visto uma “ruptura na isonomia” do pleito. O magistrado ainda rejeitou punir o candidato a vice-prefeito, Wanderlei de Almeida (PSB), por desfeita de poder, sob argumento de que ele não teria participado dos atos ilícitos.
“[Dário Saadi] valeu-se, pois, de sua quesito de prefeito para utilizar o espaço no qual as peças publicitárias foram gravadas. O desfeita, por conseguinte, configurou-se diante de condutas que transbordam do ordinário, levando a um desequilíbrio não oriundo da disputa entre os candidatos”, escreveu Batista dos Santos.
Um levantamento da Quaest, divulgado nesta quarta-feira 18, mostrou Saadi com 46% das intenções de votos em Campinas. Em seguida aparecem Rafa Zimbaldi (Cidadania), que anotou 16%, e Pedro Tourinho (PT), que tem 13%. A margem de erro da sondagem é de três pontos percentuais.
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