Em seguida ter sido expulso do debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo realizado pela TV Cultura neste domingo por motivo de uma agressão contra Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) afirmou a jornalistas que “infelizmente” perdeu a cabeça e que a agressão “foi uma reação humana” que “não pode sustar”.
— Tive que responder por uma coisa que eu não devia, não devo, e que eu não cometi, nunca cometi, uma brutalidade dessa contra a mulher, em momento nenhum e nunca cometeria. Eu dou minha vocábulo de honra. A partir do momento que eu me senti agredido ali, eu vi a figura da minha sogra, que, repito, morreu por motivo disso, e infelizmente eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não. Poderia ter simplesmente saído do debate e ido embora pra morada, que era muito melhor. Mas, do mesmo jeito que eu pranto porquê uma reação humana, essa foi uma reação humana que eu não pude sustar.
Na volta da programação, a TV anunciou que Datena havia sido expulso do debate, e Marçal afirmou que deixaria o evento para procurar atendimento médico.
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— Você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, você não é varão nem para fazer isso –— falou Marçal, que neste momento foi atingido por Datena.
O debate começou com troca de acusações entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). O apresentador se recusou a encaminhar uma pergunta ao ex-coach, porque o opoente teria “subvertido os debates transformando em meros programas de internet dele”. Em resposta, Marçal acusou Datena de ter praticado assédio sexual contra uma funcionária da Band.
— Os playboys da cidade de São Paulo não sabem o que eu vou falar agora, mas quem é da quebrada sabe. “Varão é varão, mulher é mulher, estuprador é dissemelhante” — disse, citando uma música dos Racionais MC’s. — Tem alguém cá que é ‘jack’ (gíria para estuprador). É alguém que responde por assédio sexual. Essa pessoa dá pena — disse, em relação ao sobrenome de “Dapena” que usa para se referir ao apresentador.
O caso citado é uma denúncia feita pela repórter Bruna Drews, em janeiro de 2019. Datena a processou por calúnia e maledicência. Nove meses depois da denunciação, ela assinou uma retratação em um cartório de São Bernardo do Campo. Em uma representação feita no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a mulher alegou que Datena lhe disse que ela não precisava emagrecer pois “era muito gostosa” e que teria dito que era um desperdício ela “namorar uma mulher”. Em entrevista ao portal Universa, em outubro de 2019, ela disse que foi “induzida pelos advogados de Datena” a assinar a missiva na qual se retratou pela denunciação.
— Eu queria que você pedisse perdão para as mulheres — seguiu Marçal. — É só ir no Google digitar, você está pagando talvez milhões pelo silêncio dessa mulher, acho que é ex-funcionária da Band. Explique e peça perdão para todo o eleitorado feminino do Brasil inteiro. Você tocou na vagina dela, porquê foi essa questão de assédio sexual seu? — falou Marçal.
Datena logo afirmou que o caso foi arquivado e que a mulher lhe pediu desculpas pela denunciação:
— Foi uma denunciação que a Polícia não viu provas nenhuma, nem investigou, o MP arquivou o processo, a pessoa que me acusou se retratou publicamente em cartório, pediu desculpas para mim e para minha família, foi um desgaste grande para a minha família, ser criminado de um transgressão destes é terrível e o Pablo Marçal continua sendo ladrãozinho de banco devidamente criminado e sentenciado
Marçal provocou na tréplica, dizendo para o apresentador falar qual o nome do banco envolvido no suposto roubo que ele faria o Pix.
— Você é só um mentiroso, comunista, e você precisa saber disso, tem gente cá que não respeita mulher, essa pessoa se labareda Datena, e dá pena mesmo — falou Marçal.
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