A gestão municipal de Ponta Porã, sob o comando de Eduardo Campos (PSDB), voltou a ser objectivo de acusações, desta vez pela contratação de empresas que forneciam merenda escolar incompleta para as escolas do município, de entendimento com uma série de reportagens veiculadas pelo portal MídiaMax. A denúncia foi inicialmente feita pelo radialista Otaviano Cardoso e formalizada pelo candidato a prefeito Pompílio Júnior (PL).
Segundo a reportagem, itens essenciais da merenda escolar estavam faltando, prejudicando milhares de crianças, muitas em situação de vulnerabilidade. As falhas só foram corrigidas em seguida a denúncia lucrar repercussão nas redes sociais, o que levou à rescisão dos contratos com quatro das sete empresas responsáveis pelo fornecimento de mantimentos.
Ao todo, a prefeitura já desembolsou R$ 2,8 milhões com a merenda, com R$ 2.275.666,76 ainda a liquidar. Ou por outra, a gestão já havia hipotecado mais de R$ 1,3 milhão para o serviço, de entendimento com o Portal da Transparência de Ponta Porã.
As empresas cujos contratos foram cancelados e os valores já recebidos incluem a V4 Negócio de Vitualhas LTDA, que recebeu mais de R$ 1,2 milhão, e a Zellitec Negócio de Produtos Alimentícios, que recebeu R$ 418 milénio, entre outras.
Posteriormente os cancelamentos, a prefeitura realizou uma contratação emergencial, sem licitação, com três novas empresas para prometer a perpetuidade do fornecimento de merenda até o final do ano letivo. O valor suplementar previsto para essas novas contratações é de R$ 3.424.036,80, o que eleva o totalidade gasto com a merenda escolar para R$ 6.230.188,34 – um aumento de 10% em relação ao valor inicialmente previsto.
O prefeito Eduardo Campos afirmou que a fiscalização permanecerá a mesma e que o problema foi detectado por meio da própria fiscalização municipal, resultando na rescisão dos contratos com as empresas responsáveis pelas irregularidades.
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