O ex-presidente peruviano Alberto Fujimori morreu nesta quarta-feira (11). Ele tinha 86 anos e lutava contra um cancro na língua. A desculpa da morte do político não tinha sido divulgada até a ultima atualização desta reportagem.
Horas antes da confirmação da morte, o médico pessoal do ex-presidente, Alejandro Aguinaga, disse a repórteres que Fujimori estava “lutando pela vida” e pediu que respeitassem a privacidade da família.
Fujimori foi presidente do Peru entre 1990 e 2000 e era uma figura controversa no país: aplicou um autogolpe de Estado e passou 16 anos recluso, sentenciado por crimes contra os direitos humanos durante seu procuração. Leia mais sobre quem foi Alberto Fujimori aquém.
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Fujimori foi libertado da prisão em dezembro de 2023 por decisão do Tribunal Constitucional do Peru. Antes de morrer, ele estava recebendo tratamento na morada da filha, Kiko, no bairro de San Borja, em Lima, onde foi morar depois transpor da ergástulo. Diversos familiares do ex-presidente foram visitar o sítio nesta quarta.
O ex-presidente se filiou ao partido Força Popular em junho e havia a expectativa que ele concorresse à presidência em 2026. Em 4 de setembro, ao transpor do hospital em uma cadeira de rodas, ele foi questionado se a candidatura presidencial ainda estava em pé. Ele sorriu e disse: “Vamos ver, vamos ver.”
Fujimori passou por diversas internações nos últimos anos. Ele descobriu um cancro na língua em maio deste ano, e quebrou a bacia em junho de 2024. Ele também já teve cancro no pulmão, revelado em 2018, e tinha problemas cardíacos e hipertensão.
Quem foi Alberto Fujimori
Alberto Fujimori foi um político nipo-peruano que nasceu em 1938, em Lima. Em 1974, casou-se com Susana Higuchi, também nipo-peruana. Eles tiveram quatro filhos, incluindo uma filha, Keiko, e um fruto, Kenji, que mais tarde seguiriam seu pai para a política.
Fujimori foi eleito presidente do Peru em 1990 porquê um candidato ignoto sob a bandeira “Cambio 90” (“mudança 90”, em português). Ele derrotou o renomado jornalista Mario Vargas Llosa no segundo vez do pleito.
No dia 5 de abril de 1992, dois anos depois ser eleito sem maioria no Legislativo, Alberto Fujimori aplicou um autogolpe em seu governo: dissolveu o Congresso peruviano, neutralizou seus opositores, interveio no Judiciário e concentrou todos os poderes em suas mãos.
Fujimori passou, portanto, a comandar um regime de exceção com um cume suporte popular, de tapume de 80% da população peruana. Ele contava também com o respaldo das Forças Armadas em seu governo.
O sistema de justiça peruviano o processou durante anos para fazê-lo responder pelos seus casos pendentes. Fujimori renunciou à presidência do Peru em 2000 por meio de um fax e deixou o país. Ele passou a viver no Japão graças à sua dupla nacionalidade. Em 2005, no entanto, Fujimori foi estagnado durante uma visitante ao Chile e foi extraditado em 2007, quando foi recluso.
Em 2009, o Fujimori foi sentenciado a 25 anos de prisão por crimes contra a Humanidade durante seu procuração. Com isso, ele se tornou o primeiro ex-presidente da América Latina a ser julgado e sentenciado em seu próprio país por crimes contra os direitos humanos.
Fujimori foi denunciado de ordenar que um esquadrão da morte divulgado porquê Grupo Colina cometesse os dois massacres: o primeiro ocorreu em 1991, no bairro Barrios Altos, em Lima, e a segunda, em 1992, na Universidad de la Cantuta, também na capital.
No massacre do bairro de Barrios Altos, agentes do Serviço de Perceptibilidade do Tropa peruviano encarregado de execuções extrajudiciais confundiram a povaléu com integrantes do grupo guerrilheiro maoísta Sendero Luminoso e abriram queimada. A operação deixou 15 mortos e quatro feridos.
No massacre da Universidad de la Cantuta, membros do Grupo Colina sequestraram e mataram nove estudantes e um professor. Os agentes entraram na instituição de ensino e executaram as vítimas, carbonizando seus corpos e os enterrando nos periferia de Lima.
Fujimori também foi sentenciado por participação nos sequestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer, ambos em 1992.
Além dos casos envolvendo direitos humanos, Fujimori também foi sentenciado por um escândalo de devassidão em seu governo, envolvendo espionagem, suborno e compras ilegais.
Apoiadores de Fujimori destacam o sucesso de sua política econômica na guerra contra a hiperinflação que atingia o Peru quando ele chegou ao poder, e que sob seu comando ocorreu a itinerário da guerrilha maoísta Sendero Luminoso.
Já seus críticos ao ex-presidente enfatizam seu caráter dominador e lembram que, em 1992, ele realizou um autogolpe que levou ao fechamento do Congresso peruviano, além de citarem violações dos direitos humanos perpetradas por agentes do Estado na luta anti-Senderista e escândalos de devassidão que marcaram o termo do seu governo.
Nascente/Créditos: G1
Créditos (Imagem de toga): Foto: Claudio Santana/AP
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