O presidente Lula (PT) anunciou nesta terça-feira 10 a geração de uma Mando Climática para mourejar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas, em meio a eventos extremos que castigam o Brasil.
Trata-se de um compromisso de campanha assumido em 2022, com a adesão de Marina Silva (Rede), atual ministra do Meio Envolvente, à candidatura do petista.
O objetivo, segundo Lula, é “estabelecer as condições para ampliar e açodar as políticas públicas a partir do Projecto Vernáculo de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos”.
“Nosso foco precisa ser adaptação e preparação para o enfrentamento a esses fenômenos”, disse o presidente em Manaus (AM). “Para isso, vamos estabelecer uma mando climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federalista.”
Lula viajou ao Amazonas escoltado dos ministros Rui Costa (Moradia Social), Marina Silva, José Múcio Monteiro (Resguardo), Nisia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Silvio Costa Rebento (Portos e Aeroportos.)
No evento, o petista também se pronunciou sobre os incêndios que se alastram pelo País, em um contexto de grave seca e temperaturas supra da média.
“A gente pensa que pegava queimação só no Pantanal, na Caatinga, na Mata Atlântica, na Amazônia. Não, pegou queimação em 45 cidades, no mesmo dia, em São Paulo. E esse queimação é criminoso”, reforçou. “É gente que está tentando colocar queimação para destruir oriente País. No Pantanal, 85% das propriedades atingidas são privadas, não são terras públicas.”
O presidente também cobrou punição para os responsáveis pelas queimadas.
Lula anunciou nesta terça um investimento de 500 milhões de reais em cinco anos em ações de dragagem nos rios do Amazonas, a termo de prometer a navegabilidade e o escoamento de insumos durante a poderoso estiagem que atinge a região.
Outra iniciativa foi a assinatura do termo de contrato que estabelece a retomada da construção da rodovia BR-319. As obras integram as ações federais em resposta à pior seca enfrentada pela Amazônia em 45 anos.
Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federalista Flávio Dino afirmou que o Brasil vive uma “pandemia de incêndios florestais” e determinou medidas para o enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Conforme a decisão, o governo Lula deverá convocar mais bombeiros militares para criar o efetivo da Força Vernáculo que combate o queimação nessas regiões. Os novos integrantes deverão ser de estados que não foram atingidos pelos incêndios. A Polícia Rodoviária Federalista também deverá ampliar o efetivo de fiscalização nas rodovias da região.
O governo federalista terá de apresentar em até 90 dias um projecto vernáculo de enfrentamento às queimadas para 2025, de forma integrada com os estados.
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