Kamala Harris e Donald Trump participam, nesta terça-feira (10), do primeiro e provavelmente único debate eleitoral para o pleito presidencial de novembro nos Estados Unidos. Os candidatos miram, principalmente, em estadunidenses indecisos, em uma eleição presidencial com porcentagens de intenções de voto muito similares.
Transmitido da Filadélfia pela emissora de televisão ABC, a partir das 21h00 locais (22h00 de Brasília), será a primeira vez desde o início da corrida eleitoral que Harris e Trump se encontram para debater ideias e planos. A duração do debate será de 90 minutos.
Ambos apresentarão suas propostas e visões para os Estados Unidos. Embora nenhuma pergunta tenha sido antecipada, os temas do debate são conhecidos. Segundo pesquisas, a economia é a principal preocupação dos americanos e é muito provável que segmento do debate seja talhado para ouvir as ideias de cada um sobre uma vez que reduzir o dispêndio de vida.
Também devem falar sobre a transmigração na fronteira com o México, um dos temas preferidos do republicano Trump, que prenúncio ordenar uma deportação em volume de migrantes caso retorne à Lar Branca depois a eleição de 5 de novembro.
Outro tema importante a ser discutido é o recta ao monstro, que Kamala defende com veemência e sobre o qual Trump não se aprofunda para evitar a perda de votos.
Regras e sítio do debate
As regras do debate já estão definidas. Ambos permanecerão de pé, detrás de um púlpito, e terão à disposição unicamente um conjunto de anotações, uma caneta e um copo de chuva. Não haverá público e os microfones serão ligados unicamente no momento da fala de cada um.
A cidade da Filadélfia fica no estado da Pensilvânia, um dos sete estados-pêndulo, que costumam definir as eleições. Ao contrário dos demais estados que costumam ser fieis a democratas ou republicanos, estes costumam oscilar, assumindo influência gigantesca nas eleições devido ao sistema de votação por votação universal indireto.
Os chamados estados-pêndulo são Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Carolina do Setentrião, Geórgia, Arizona e Nevada.
Os democratas esperam golpes baixos por segmento do republicano. “Não tem limite para o quão insignificante pode chegar” e é “necessário estarmos preparados para o indumento de que ele, provavelmente, falará muitas mentiras”, disse Kamala em uma entrevista divulgada na última segunda-feira (9).
Do lado republicano, Trump pretende incitar a culpa pelo que chamou de “danos à economia” causado nos últimos quatro anos. As expectativas em relação à Harris “são muito elevadas: por cada novidade teoria que apresente, terá de explicar os danos que causou à economia enquanto vice-presidente em tirocínio e por que razão não implementou nenhum desses novos planos” ao longo dos anos.
Eleições apertadas
Pesquisas mostram que a diferença entre as intenções de voto não é significativa. Em agosto, o jornal estadunidense Washington Post colocou a democrata Harris com 49% das intenções de voto, contra 45% do extremista republicano. A margem de erro é de 2,5%.
Na mesma semana, a pesquisa do New York Times também colocava Kamala adiante de Trump. A margem, no entanto, era menor: 49% da democrata contra 47% do republicano.
Em junho, o péssimo desempenho do presidente Joe Biden precipitou sua desistência de disputar a reeleição, e Donald Trump sofreu uma tentativa de assassínio durante comício. Biden anunciou sua saída uma vez que candidato em 21 de julho, quando passou o bordão para sua vice-presidente.
Desde logo, Kamala virou um fenômeno político e conquistou um grande pedestal em questão de horas, bateu o recorde de arrecadação de fundos, saboreou uma nomeação triunfante na convenção democrata de Chicago e conseguiu empatar com Trump nas intenções de voto em várias pesquisas.
*Com AFP e Telesur
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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