Mais da metade do Brasil está coberta pela sujidade gerada pelas queimadas recordes no país, mormente na Amazônia, no Pantanal e no Núcleo-Oeste. A fumaça já atinge uma dimensão de 5 milhões de km², cobrindo 60% do território pátrio, de concordância com Karla Longo, pesquisadora do Inpe (Instituto Pátrio de Pesquisas Espaciais).
A técnico prevê que a pluma de fumaça continuará afetando o país até outubro, podendo se estender até novembro, caso a seca persista. Além de ultrapassar fronteiras brasileiras, a fumaça já atinge países porquê Peru, Bolívia e Paraguai, devendo obter o Uruguai e secção da Argentina nos próximos dias.
Os maiores focos de emissão são registrados nos estados do Pará, Amazonas e Acre. A sujidade é carregada pelos ventos em direção à Serrania dos Andes, sendo logo deslocada para o sul do Brasil. As cidades de Rio Branco e Porto Velho apresentam a pior qualidade do ar no Brasil, enquanto São Paulo é a metrópole com a maior concentração de poluentes no mundo, segundo a plataforma IQAir.
As previsões são desanimadoras, sem perspectiva de chuvas significativas até o final de setembro, o que agrava a situação. O Inpe registrou 3.388 focos de incêndio nesta segunda-feira (9), com o Fechado sendo o bioma mais afetado, concentrando 52,5% dos casos. A Amazônia vem logo em seguida, com 35,7% dos focos.
Agosto de 2024 foi o pior mês em termos de queimadas nos últimos 14 anos, com 68.635 ocorrências, um aumento de 144% em relação a 2023. O Brasil também enfrenta a pior seca em 44 anos, segundo o Cemaden (Núcleo Pátrio de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), agravando ainda mais o cenário de ruína ambiental.
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