As Paralimpíadas de Paris 2024 terminaram com resultados expressivos para o Brasil. Entre os cinco melhores do mundo no quadro de medalhas, o país finalizou os jogos confirmando que é uma potência e quebrando recordes.
Uma dessas medalhas teve um sabor ainda mais peculiar. Na quarta-feira (4), a mineira Lara Lima conquistou o bronze no halterofilismo. Foi a 50ª medalha brasileira na competição. Até o termo dos jogos, o Brasil chegou ao pódio 89 vezes, maior número da história.
A desportista conversou com o programa Muito Viver do Brasil de Indumento. Na entrevista ela falou sobre o peso que a valorização dos esportes paralímpicos tem nos resultados, mas lembrou que ainda há um caminho a percorrer contra o preconceito e a falta de informação.
“A questão do capacitismo ocorre pela falta de conhecimento. Muita gente não sabe que existe o mundo paralímpico. Embora hoje em dia isso tenha melhorado bastante, graças à visibilidade que estamos ganhando aos poucos. Mas ainda somos pouco visíveis em conferência aos Jogos Olímpicos. Uma vez que as pessoas vão saber, se ninguém está falando sobre?”, questiona.
Lara Lima também ressaltou a preço do incentivo e do investimento público na trajetória até o pódio. “O Bolsa Desportista é o meu lucro e posso manifestar que eu trabalho somente sendo desportista. Consigo manter a minha vida com o pensamento totalmente no esporte graças ao programa.”
Nas Paralímpiadas de Tóquio, que aconteceram com um ano de demorado por justificação da pandemia da covid-19, Lara Lima terminou em sétimo lugar. Assim porquê para atletas do mundo todo, o período representou um duelo para a brasileira.
A reflexão da halterofilista sobre o preparo para os jogos de Paris fala muito a saudação do potencial e da resiliência dos esportes paralímpicos no Brasil.
“Eu vim para as Olimpíadas pensando, ‘zero vai me combalir, já passei por coisas muito piores e qualquer coisa que estiver acontecendo eu vou saber controlar e não vou deixar zero me afetar’. Tóquio foi de extrema preço para eu chegar aonde cheguei.”
Edição: Thalita Pires
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