Eduardo Cavalliere participou de uma reunião com líderes evangélicos e falou sobre a gestão do Prefeito Eduardo Paes
Assim, coube ao vice na chapa, Eduardo Cavaliere (PSD), discursar ao público presente. O deputado estadual modulou seu discurso para o público evangélico: disse que durante a pandemia da Covid-19 o prefeito não fechou os templos religiosos, exaltou a família de Paes e moderou críticas à gestão do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
— Meus primeiros anos ao lado do prefeito foram fora do governo. Xingaram e falaram atrocidades sobre ele. Ninguém, depois de tanta provação, volta a ser prefeito do Rio se não for a vontade de Deus. Não é possível que não tenha as mãos de Deus na nossa vida a fazer o prefeito Eduardo Paes voltar a governar — afirmou Cavaliere, que também destacou obras da prefeitura na Zona Oeste, como a restruturação do BRT.
O encontro ocorreu em um ginásio cedido pela direção de uma escola particular de Campo Grande, Zona Oeste do Rio. O deputado federal Otoni de Paula (MDB), principal articulador político de Paes junto aos evangélicos, aproveitou sua fala para explicar o apoio ao prefeito:
— Quem indica não é quem governa. Se o presidente (Jair) Bolsonaro fosse o candidato, eu votaria nele e não no Paes. Mas ele já fez indicações que não deram certo, como a do ex-governador Wilson Witzel. Não vamos decidir nessa eleição quem é de A ou de B, e sim quem é o melhor síndico da cidade. Então, deixemos a eleição de 2026 para 2026 — pediu.
Durante o evento, o vereador Eliseu Kessler (MDB) foi apresentado como um candidato apoiado pelo bispo Abner Ferreira e sua congregação. Um vídeo no qual o vereador aparece defendendo pautas de costumes na Câmara do Rio foi apresentado ao público. Apesar de estar no evento, o partido do parlamentar é da coligação de Alexandre Ramagem (PL), adversário de Paes nas urnas. Kessler afirma, no entanto, que ele só foi apresentado como o candidato apoiado pelo bispo e que não pediu votos a Paes.
Ao fim do evento, Abner Ferreira pediu aos presentes para replicarem as informações que haviam sido compartilhadas ali.
— Eu não gostaria de falar o que falei aqui em cima de um púlpito. Me sinto mais à vontade em uma reunião de cidadania. Acho que o altar é um lugar para tratar das coisas de Deus e não de política — encerrou o bispo.
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Paes atraiu o apoio de importantes lideranças evangélicas na eleição deste ano. Costurou, por exemplo, um acordo com a Igreja Universal do Reino de Deus, a despeito de o partido ligado à agremiação, o Republicanos, estar na coligação de Ramagem. Também tem o beneplácito da Assembleia de Deus em Madureira, da família Ferreira, e não é atacado nem mesmo pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e figura estridente do bolsonarismo.
Na última pesquisa Quaest, divulgada na semana passada, o prefeito domina com folga entre evangélicos, com pouca mudança em comparação com o cenário geral do levantamento. Registra 54% no recorte pelos fiéis, e Ramagem aparece com apenas 11%.
Neste sábado, Paes também esteve em outra igreja evangélica. Ele foi recebido por pastores da Assembleia de Deus em Todos os Santos, na Zona Norte do Rio. No domingo, recebeu a benção do pastor Josué Valandro Junior, da Igreja Batista Atitude. O líder religioso é conhecido pelo envolvimento com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobretudo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem a Atitude como igreja.
FONTE – O Globo
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