O Festival de Cinema de Vitória chega à sua 31ª edição, que será realizada entre os dias 20 e 25 de julho, no Espírito Santo. O evento é gratuito e contará com homenagens a Lázaro Ramos e Suely Patriarca. Serão 70 horas de programação com 78 filmes (cinco longas-metragens e 73 curtas), divididos em 12 vestígios competitivas, além de debates e atividades de formação.
Os filmes selecionados, produzidos em 2023 e 2024, apresentam um recorte da produção audiovisual brasileira contemporânea e contemplam diversos gêneros cinematográficos em trabalhos que trazem narrativas plurais sobre o Brasil. As exibições acontecem à tarde, nas salas de cinema Marien Calixte e Cariê Lindenberg, e à noite, no Teatro Glória, no Sesc Glória.
As produções concorrem ao Troféu Vitória em 35 categorias e a escolha dos premiados é feita pelo Júri Técnico do Festival, constituído por especialistas e profissionais ligados ao audiovisual brasílio, e pelo Júri Popular, que escolhe o Melhor Filme em todas as vestígios competitivas. As inscrições para o 31º Festival de Cinema de Vitória aconteceram de 29 de janeiro a 4 de março de 2024. Ao todo, foram cadastradas 1.217 produções de todas as regiões do país.
Fora de competição, o 31º FCV realiza duas sessões especiais: o lançamento do documentário “Não se Aproxime: A Vida e Obra de Carmélia M. de Souza”, de Tati Rabelo e Rodrigo Linhales, produzido no Espírito Santo e que conta a história da escritora capixaba Carmélia Maria de Souza; e a exibição de “Lobby do Batom”, documentário de Gabriela Gastal sobre a presença feminina na política, seguida de debate com a presença da diretora e da produtora Renata Penhasco. A programação do festival apresenta também a sétima edição da Mostra Cinema de Bordas, que tem a curadoria de Bernadette Lyra e, neste ano, exibe o longa-metragem “A Noite das Vampiras”, de Rubens Mello.
“É com grande prazer que realizamos mais uma edição do Festival de Cinema de Vitória. A seleção de filmes que compõem as vestígios competitivas são um rico quadro do audiovisual brasílio e, consequentemente, do Brasil. As formações são outro importante destaque da programação, já que um dos pilares do nosso evento é estreitar cada vez mais a ensino da cultura. Ou por outra, é uma honra homenagear Lázaro Ramos e Suely Patriarca, dois artistas múltiplos e que brilham em diversas áreas. O 31º FCV está pronto para receber o público capixaba!”, disse Lucia Caus, diretora universal do evento.
Sinais competitivas
As vestígios competitivas do 31º Festival de Cinema de Vitória são divididas em janelas de exibição que ocorrem à tarde e à noite, no Sesc Glória. As sessões noturnas serão realizadas no Teatro Glória, sempre a partir das 19h, e o público poderá conferir os filmes da 28ª Mostra Competitiva Pátrio de Curtas, da 14ª Mostra Competitiva Pátrio de Longas e da 13ª Mostra Foco Capixaba. A programação vespertina é dividida entre as salas de cinema Cariê Lindenberg e Marien Calixte localizadas, respectivamente, no 2º e no 3º marchar do Sesc Glória.
As exibições na Sala Cariê Lindenberg têm início no domingo (21), às 14h, com a 9ª Mostra Mulheres no Cinema e, logo depois, às 16h, com a 6ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico. Na segunda-feira (22), às 16h, acontece a 13ª Mostra Corsária. E na quarta-feira (24), às 14h, é a vez de conferir os filmes da 11ª Mostra Outros Olhares – Programa Outros Brasis.
Na Sala Marien Calixte, os cinéfilos poderão presenciar, no domingo (21), aos curtas-metragens da 14ª Mostra Quatro Estações (às 14h) e da 9ª Mostra Cinema e Negritude (às 16h). Na segunda-feira (22), às 15h, as produções da 7ª Mostra Pátrio de Cinema Ambiental. Já na terça-feira (23), às 14h, serão exibidos os filmes da 11ª Mostra Outros Olhares – Programa Meu Corpo é Outro. A 8ª Mostra Pátrio de Videoclipes fecha as exibições no espaço, na quarta-feira (24), às 14h.
Comandados pela pesquisadora, sátira, curadora e roteirista Viviane Pistache, os debates com os realizadores da 28ª Mostra Competitiva Pátrio de Curtas, 14ª Mostra Competitiva Pátrio de Longas e 13ª Mostra Foco Capixaba acontecem de 21 a 25 de julho, no dia seguinte às sessões, sempre às 10h, no Hotel Senac Ilhota do Boi e são abertos ao público.
Homenagens
O ator, diretor e repórter Lázaro Ramos é o Homenageado Pátrio do 31º Festival de Cinema de Vitória. Uma vez que segmento da homenagem, o artista receberá o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado, que trata da sua vida e trajetória profissional. Em sua curso, Lázaro interpretou personagens que fazem segmento da memória afetiva dos brasileiros.
No cinema, participou de mais de 40 filmes, porquê o premiado “Madame Satã”, de Karim Aïnouz; “O Varão Que Copiava” (2003), “Meu Tio Matou um Faceta” (2004) e “Saneamento Capital” (2007), de Jorge Furtado; e “Ó Paí Ó” (2007), de Monique Gardenberg. Em 2022, estreou na direção de longas-metragens com “Medida Provisória”. Na TV, Foguinho, da romance “Cobras & Lagartos”, e Mr Brau, da série homônima, são personagens que fazem segmento da história da televisão brasileira, assim porquê Mário Fofoca, que ele interpretou no remake de “Elas Por Elas”, em 2024.
Nos palcos, entre grandes trabalhos, desde 2015 ele dirige, atua e produz o espetáculo “O Topo da Serra”, peça em que, ao lado de Taís Araujo, interpreta o reverendo Martin Luther King, e que já levou mais de 300 milénio espectadores ao teatro. O artista também tem lugar de destaque na literatura onde já escreveu uma série de livros para o público infantojuvenil, a publicação “Medida Provisória: Quotidiano do Diretor”, que conta os bastidores da direção de seu primeiro filme; e o best-seller “Na Minha Pele”, livro que marca sua estreia na literatura adulta e o consagrou porquê um dos escritores negros mais vendidos do país.
Atriz e poeta Suely Patriarca é a Homenageada Capixaba do 31º Festival de Cinema de Vitória. Uma vez que segmento da homenagem, a artista receberá o Troféu Vitória e o Caderno da Homenageada, que trata da sua vida e trajetória profissional. Com um trajectória de mais de três décadas nos palcos capixabas, dezenas de trabalhos no cinema e a participação em uma importante obra da teledramaturgia vernáculo, além de vários livros, é provável perceber na vida profissional desta baiana radicada no Espírito Santo a pluralidade nas múltiplas atuações porquê artista.
No cinema esteve em “3331” (2011), de Jorge Promanação; “Beatitude” (2015), de Délio Freire; “Os Mais Amados” (2018), de Rodrigo de Oliveira; “A Material Noturna” (2021), de Bernard Lessa; e no terror “Destinos das Sombras” (2023), de Klaus Berg. Na TV brilhou porquê Doninha, na romance “Velho Chico” (2016).
Nos palcos esteve em dezenas de produções, porquê “Shakespearianas” (1998), solo que adapta textos de personagens femininas de William Shakespeare, com dramaturgia da própria Suely, e uma longeva parceria com o Teatro Experimental Capixaba, que teve início com o espetáculo “Fausto” (1995), inspirado na consagrada obra de Marlowe e Goethe, e segue até os dias atuais com “Corpus em Vidas” (2023), trabalho mais recente da companhia. Autora consagrada, a verso atravessa o trabalho de Suely. Entre inúmeros textos publicados, destacam-se três livros dedicados ao gênero: “Desnudalmas” (2009), “Lágrima Fora do Lugar” (2016) e “Conversas Com o Silêncio” (2022).
Veja a programação completa do 31º Festival de Cinema de Vitória no site oficial do evento.
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