A revelação mobilizou somente um quarto do público presente no último ato, realizado em 25 de fevereiro, quando 185 milénio apoiadores do ex-presidente compareceram a um dos cartões-postais da capital paulista
O ato organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (7), na Avenida Paulista, contou com a presença de 45 milénio pessoas, segundo estimativas do Monitor do Debate Político no Meio Do dedo, da Universidade de São Paulo (USP). A revelação mobilizou somente um quarto do público presente no último ato, realizado em 25 de fevereiro, quando 185 milénio apoiadores do ex-presidente compareceram a um dos cartões-postais da capital paulista.
As estimativas de público da instituição foram medidas com base no horário de maior pico da revelação, às 16h05, momento em que Bolsonaro discursava no trio ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL) e do organizador do ato, pastor Silas Malafaia.
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O texto da revelação foi o mesmo do ato que ocorreu no início deste ano, quando uma poviléu foi até a Avenida Paulista para prestar espeque ao ex-presidente que se dizia “perseguido” pelo Supremo Tribunal Federalista. No entanto, sem a proibição de Bolsonaro sobre o uso de faixas e cartazes contra as instituições – que ocorreu em fevereiro – o ato teve um tom mais duro. Bolsonaro e seus aliados no trio do evento também fizeram falas mais fortes contra o ministro e também contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Bolsonaro acusou Moraes de ser parcial
Num oração emocionado, o ex-presidente relembrou a facada que sofreu em 2018 e defendeu, novamente, a tese nunca comprovada de que sua vitória na eleição daquele ano foi resultado de uma “lacuna no sistema” eleitoral. Bolsonaro ainda atacou o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de conduzir as eleições de 2022 de maneira “parcial” e de “escolher seus alvos”. “Eles, para evitar que eu tivesse chance de voltar, decretaram a minha inelegibilidade”, disse o ex-presidente.
O ato ainda contou com a presença de aliados de Bolsonaro uma vez que Tarcísio de Freitas, que pediu anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Outros bolsonaristas também participaram da revelação e pediram desde o impeachment de Moraes até a prisão do ministro.
Porquê a estimativa foi medida?
O monitor da USP tirou 72 fotos entre às 14h25 e 16h05 para chegar nesse número. Dezoito fotos foram selecionadas de forma a revestir a extensão da revelação, sem sobreposição. Cada uma das fotos foi repartida em 8 pedaços. Em cada secção, foi aplicada uma implementação do método Point to Point Network (P2PNet)1 que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem.
O método tem precisão de 72,9% e acurácia de 69,5% na identificação de cada sujeito. Na escrutínio de público, o erro porcentual inteiro médio é de 12% para mais ou para menos para imagens aéreas com mais de 500 pessoas.
*Com informações do Estadão Teor
Publicado por Carolina Ferreira
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