Silvio Almeida foi destituído nesta sexta-feira (6) depois as acusações contra ela; Anielle Franco foi uma das vítimas
O ex-secretário pátrio dos Direitos da Petiz e do Jovem, secretaria ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), Ariel de Castro Alves, afirmou nesta sexta-feia (6), depois a deposição do ex-ministro Silvio Almeida, que o governo sabia desde janeiro sobre as acusações de assédio de Silvio contra a ministra da Paridade Racial, Anielle Franco. “Na idade foi difícil confiar, mas depois ouvi colegas do movimento preto e do MDHC que confirmaram e falaram que as situações eram reiteradas”, afirmou Castro Alves. Ele já havia deixado o ministério em maio do ano pretérito, mas afirmou que recebeu os relatos de colegas sobre o assédio e das denúncias contra o ministro depois de sua exoneração. Alvez afirma que depois o caso envolvendo Anielle, surgiram outras denúncias de assédio moral na Pasta, envolvendo Almeida e assessoras diretas dele. Ele também relatou diversos nomes que teriam deixado a Pasta em razão de episódios de assédio moral, que a reportagem não publicará por não ter conseguido contato com elas.
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O ex-secretário diz que “mais de 50” pessoas deixaram o MDHC “chateados e frustrados” com as atitudes de Almeida e de suas principais assessoras. Ele foi exonerado da Secretaria dos Direitos da Petiz em maio do ano pretérito. “Ele (Silvio Almeida) e alguns assessores dele justificaram que eu não teria conhecimento e que era insubordinado, porque não aceitava ordens de um ministro preto, dando a entender que eu seria racista”, diz. Lamentando a denúncia de assédio contra Anielle, Alves diz que o incidente deixa um prejuízo para a luta pelos direitos humanos no Brasil, e que todo o País perde com a crise instaurada no Ministério. “Só tenho a lamentar que a gestão dele esteja terminando dessa forma”.
Na última quinta-feira (5) a ONG Me Too Brasil, que luta contra o doesto a mulheres, divulgou nota afirmando que o ex-ministro Silvio Almeida foi denunciado por assédio sexual. O ministro reagiu, disse que se trata de uma querela sem provas e acionou a Polícia Federalista para investigar o caso. As acusações contra Almeida foram feitas por ex-integrantes do ministério. Apesar das negações do ex-ministro, ele foi destituído nesta sexta-feira (6) do incumbência de ministro dos Direitos Humanos.
*Com informações do Estadão Teor
Publicado por Sarah Américo
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