Polícia Federalista investiga o caso e até o momento não divulgou provas; ministro nega as acusações e diz ser vítima de perseguição
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que terá uma reunião nesta sexta-feira (6), em Brasília, para tratar das denúncias de assédio relacionadas ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e afirmou que “alguém que pratica assédio não vai permanecer no governo”. A enunciação ocorreu em entrevista à rádio Difusora Goiânia, na manhã desta sexta-feira, em seguida a organização não-governamental Me Too Brasil ter informado, em nota, na quinta-feira, que recebeu denúncias de que Almeida teria cometido assédios sexuais.
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Lula disse que soube do caso na noite de quinta e que pediu à Advocacia-Universal da União, à Controladoria-Universal da União e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para que fizessem conversas sobre a situação antes da reunião. “O que posso antecipar para vocês é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai permanecer no governo”, declarou. “Eu só tenho que ter o bom tino de que é preciso que a gente permita o recta à resguardo, à presunção de inocência. Ele tem o recta de se tutorar.”
Na sequência, Lula afirmou que o governo vai acionar a Polícia Federalista, o Ministério Público Federal e a Comissão de Ética da Presidência da República para investigar o caso. “Estou numa luta danada contra a violência contra as mulheres. O meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem, definitivamente, numa secção importante da política pátrio.
Portanto, eu não posso permitir que tenha assédio”, disse. Lula continuou: “portanto, nós vamos ter que apurar corretamente, mas eu acho que não é verosímil a perenidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu exposição, à resguardo das mulheres, à resguardo inclusive dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo réu de assédio”.
Segundo Lula, o encontro à tarde deve incluir duas ministras, além da ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, e do próprio ministro dos Direitos Humanos. Até o momento, não houve apresentação de provas e de detalhes sobre os relatos de assédio. Em nota e em vídeo em redes sociais, o ministro afirmou que as denúncias são falsas e que está sendo vítima de perseguição.
O Palácio do Planalto declarou que Almeida foi chamado para dar explicações sobre o caso. A instituição não fez referência à ministra da Paridade Racial, Anielle Franco. Segundo o site Metrópoles, a ministra também teria sido vítima de assédio. Ela não se manifestou. A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, publicou uma foto em que beija a testa de Anielle. O Ministério das Mulheres disse que as denúncias são “graves” e que qualquer tipo de violência e assédio contra mulheres é “inadmissível”.
*Com informações do Estadão Teor
Publicado por Fernando Keller
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