Curitiba deu um passo importante em direção à valorização da cultura afro-brasileira com a geração do Parque da África, o primeiro espaço público da cidade devotado à celebração da história e das contribuições da população negra.
O parque, ainda em construção, foi oficialmente batizado na última terça-feira (3), em uma sessão na Câmara Municipal de Curitiba na última terça-feira, resultado de uma parceria entre a prefeitura e os vereadores Giorgia Prates (PT), Herivelton Oliveira (Cidadania) e Tico Kuzmann (PSD), líder do prefeito.
A vereadora Giorgia Prates foi uma principais articuladoras do projeto, já que a teoria nasceu de uma série de diálogos da parlamentar com o prefeito Rafael Greca (PSD) e a primeira-dama da cidade, Margarita Sansone.
Giorgia questionou a privação de espaços públicos na cidade dedicados à população negra, em contraste com as homenagens já existentes para outras comunidades étnicas, porquê as polonesa, italiana, japonesa e ucraniana. Diante da oportunidade de geração de um novo parque, o espaço foi devotado à comunidade negra de Curitiba.
Além de batizar o parque, Giorgia também levou à prefeitura as propostas do movimento preto para o espaço, aprovadas na Câmara de Curitiba e seguem para a prefeitura. Entre as sugestões estão:
1) Memória e História da Colonização: para que o parque possua equipamentos e atividades que abordam o processo de colonização de grupos africanos no Paraná, trazendo à tona a valor e o impacto dessa história na construção do estado.
2) Totens Representativos: que representam os países africanos, com destaque próprio para os países da diáspora, celebrando a riqueza cultural e a pluralidade do continente.
3) Arquitetura Inspirada no Urbanismo Africano: para que a arquitetura do parque contemple elementos do urbanismo africano, criando um envolvente que valoriza e resgata as tradições arquitetônicas de origem africana.
4) Museu Afro-Brasílio e Auditório: Um museu afro-brasileiro e auditório devotado a eventos culturais, debates e outras atividades que promovam a cultura afro-brasileira.
5) Monumentos de Personalidades Negras: que homenageiam personalidades negras de Curitiba e da história do povo preto, ressaltando suas contribuições e legados.
6) Livraria Peculiar sobre a África: com montão devotado à história, cultura e literatura africana, um espaço de conhecimento e reflexão.
7) Espaço para Feiras e Negócios Afro-Brasileiros: uma superfície destinada a feiras e negócios, promovendo o empreendedorismo afro-brasileiro e fortalecendo a economia sítio.
8) Lugar de Instruído aos Orixás: espaço devotado ao literato dos Orixás, respeitando e valorizando as práticas religiosas de matriz africana, com a devida valor cultural e místico.
9) Paisagismo com Espécies Afro-Nativas: com um paisagismo que incorpore espécies afro-nativas,
Infraestrutura conseguível: para o largo entrada de pessoas com deficiência, neurodivergentes e necessidades especiais
“O Parque da África representa um marco na luta pela paridade e pelo reconhecimento das diversas culturas que compõem a identidade curitibana”, afirma a vereadora. Com 70 milénio m² e um investimento de R$ 5 milhões, a previsão é que sua construção inicie ainda neste ano.
Nascente: BdF Paraná
Edição: Mayala Fernandes
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