Um comitê que advoga pela libertação do ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, pediu nesta terça-feira (3) que um grupo médico independente avalie a saúde do político na prisão, pois considera que seu estado piorou e há risco de uma novidade tentativa de suicídio.
“Solicitamos à Cruz Vermelha Internacional, aos Médicos Sem Fronteiras, à Percentagem Interamericana de Direitos Humanos e ao Sistema das Nações Unidas que unam seus esforços para formar uma missão médica que visite Jorge Glas, verifique os diagnósticos cá revelados e indique os procedimentos mais eficazes para superar seu estado atual”, disse à prelo Sacha Llorenti, coordenador do Comitê Internacional pela Libertação de Jorge Glas.
O ex-vice-presidente permanece desde abril em um presídio de segurança máxima em Guayaquil, para onde foi levado em seguida ser sequestrado pelo governo de Daniel Noboa na embaixada mexicana em Quito. Poucos dias depois, ele foi hospitalizado brevemente em seguida tolerar uma descompensação por se recusar a consumir, conforme detalharam na era as autoridades penitenciárias e seus advogados.
De consonância com o comitê, o ex-vice-presidente sofre de espondilite anquilosante, hipertensão arterial, fibromialgia, gastrite crônica e depressão, condições que “requerem manejo terapêutico especializado”.
Glas está recebendo “uma quantidade excessiva de medicamentos, mais de 40 comprimidos diários”, o que o comitê considera uma combinação “perigosa” para seu já “grave” estado de saúde. O órgão responsável pela gestão das prisões no Equador, o SNAI (Servicio Vernáculo de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de la Libertad y a Adolescentes Infractores), não se pronunciou sobre o ponto.
“Esta combinação de medicamentos tem uma subida verosimilhança de induzi-lo ao suicídio”, expressou Llorenti, que foi representante da Bolívia na ONU, em coletiva de prelo.
Em junho, Andres Arauz, representante do Movimento Revolução Cidadã e ex-candidato presidencial equatoriano, alertou ao Brasil de Veste sobre a condição de saúde e as condições impostas a Glas na prisão.
“Jorge está com a saúde debilitada e também corre o risco de suicídio. Precisamos de solidariedade e ajuda internacional. Isso não é somente para sua liberdade, mas para que o recta internacional seja cumprido”, disse Arauz na ocsião.
Violação internacional
Com 54 anos, Glas está no meio de uma disputa entre o Equador e o México. O Estado mexicano lhe concedeu asilo político, que não é reconhecido pelo governo equatoriano.
Em seguida a invasão na embaixada, o México processou o Equador na Golpe Internacional de Justiça (CIJ) e retirou seu pessoal diplomático do país sul-americano. Também delegou à Suíça sua representação em Quito.
Glas, ex-número dois do governo do presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), havia se refugiado na embaixada mexicana no término de 2023, alegando perseguição política.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito
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