Dois irmãos cristãos no Paquistão foram presos e indiciados de cometer blasfêmia posteriormente serem acusados de violar páginas do Alcorão.
Tabish Shahid e Kalu Shahid, 18 anos, ambos analfabetos, foram presos no região de Kasur, na província de Punjab, foram denunciados por um muçulmano por supostamente rasgar páginas do Alcorão.
De combinação com a lei vigente no Paquistão, violar o Alcorão pode resultar em pena de prisão perpétua, mas a intenção deve ser comprovada para possuir pena.
Ghulam Mustafa, que fez a denúncia, afirmou que os dois irmãos cristãos profanaram páginas do Alcorão em uma feira lugar: “Os meninos estavam fazendo vídeos no TikTok jogando notas falsas e pedaços de papel durante o Urs [aniversário] anual no santuário de Baba Ronaq Shah quando alguns moradores locais notaram versos do Alcorão no papel rasgado”.
A denúncia de Mustafa consta do documento Primeiro Relatório de Informações (FIR) – equivalente ao boletim de ocorrência no Brasil – registrado sob artigos dos estatutos de blasfêmia do Paquistão, que tem maioria muçulmana.
Sajid Christopher, da Organização de Amigos Humanos, disse que os irmãos são analfabetos e pertencem a uma família pobre: “Tabish e Kalu foram ao santuário para presenciar às celebrações de Urs e fazer vídeos do TikTok”, declarou.
“Quando viram outras pessoas jogando moeda para o cimeira em júbilo, os meninos pensaram em se divertir. Devido ao seu analfabetismo e ignorância, os dois não perceberam que inadvertidamente rasgaram páginas de um livreto corânico disposto nas proximidades”, acrescentou Christopher.
Familiares dos jovens os entregaram à polícia depois que as autoridades levaram a mãe deles e um tio materno sob custódia, explicou o ativista de Direitos Humanos: “O pai deles, Shahid Masih, trabalhava em uma olaria, mas ele tinha começado a trabalhar recentemente porquê pedreiro. Os meninos também tinham começado a trabalhar em uma fábrica lugar poucos dias antes deste incidente”.
Christopher disse que a família entrou em contato com sua organização para obter suporte jurídico, e que contratou um legista muçulmano, Chaudhry Imtiaz, para tutelar os irmãos.
De combinação com informações do portal The Christian Post, Christopher apontou a premência de debater a injustiça de acusar pobres analfabetos de blasfêmia, já que muitos cristãos acusados porquê os dois irmãos não têm ensino básica.
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