Um dos símbolos da fauna brasileira, Gaia, uma onça-pintada, morreu no último mês devido às queimadas que atingem o Pantanal, e boa secção do país. Gaia, que era monitorada pela ONG Onçafari desde 2013, não teve tempo de se salvar do lume.
É com grande tristeza que nos despedimos da Gaia, uma das onças monitoradas pelo Onçafari, conhecida pela equipe desde o promanação”, publicou a ONG nas redes sociais.
Segundo a bióloga Lilian Rampim, o bicho era muito ligeiro, gostava de permanecer em cima das árvores e era trigêmea. Lilian também é coordenadora da Base Caiman, um hotel localizado em uma espaço de preservação do Pantanal, em uma zona rústico do município de Miranda, no Mato Grosso do Sul.
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Além das onças-pintadas, a entidade atua cuidando da preservação de outras espécies uma vez que a Anta, Capirava, Veado-do-Pantanal, Quatis, entre outros.
A entidade foi criada em 2011, quando o ex-piloto de Fórmula 1, fundador e idealizador do projeto, Mario Haberfeld, iniciou os trabalhos na Base Caiman, que fica no Mato Grosso do Sul.
Segundo um levantamento da Confederação Pátrio dos Municípios (Cnm), entre agosto e setembro, mais de 10 milhões de pessoas, espalhadas por 531 municípios, foram e ainda estão sendo afetadas pelas consequências dos incêndios nos biomas brasileiros.
A Onçafari, além de estar atuando no resgate de espécies que estão sendo atingidas com as queimadas, atua no monitoramento das espécies, permitindo coletar dados nunca antes observados em vida livre, no desenvolvimento do ecoturismo uma vez que uma instrumento de conservação ambiental, além do tratamento e reintrodução de onças-pintadas na natureza, que, através da perda de habitats e de áreas de floresta em razão da ação humana, sofrem com ameaças de extinção.
Seca afeta boa secção do país
O Brasil enfrenta um dos mais longos períodos de seca da história, com a fumaça das queimadas cobrindo boa secção do país. Porém, não só a flora e a qualidade do ar que são afetadas.
Nas últimas semanas, bombeiros, agentes veterinários e servidores do Instituto Brasiliano do Meio Envolvente (Ibama) têm resgatado diversas espécies, uma vez que antas, onças e tamanduás.
Dados do Instituto Pátrio de Pesquisas Espaciais também mostram que a região Setentrião registrou 23.715 focos de incêndios em setembro, considerando os dados publicados até a última sexta-feira (13), liderando o ranking vernáculo. O Meio-Oeste vem logo detrás, na segunda posição, com 18.015 focos.
O Sudeste tem 5.398 focos nos primeiros dias do mês e ocupa o terceiro lugar, seguido pelo nordeste, com 5.012. Já na região Sul há menos de milénio focos de incêndios.
No Encerrado, uma tamanduá-bandeira foi resgatada na última segunda-feira (23), depois ser encontrada com as quatro patas queimadas em uma espaço atingida por queimadas na Floresta Pátrio de Brasília (Flona).
No Pantanal, duas onças-pintadas, resgatadas com queimaduras devido aos incêndios que ocorrem na região, seguem sob tratamento privativo no CRAS (Meio de Reparação de Animais Silvestres) e no Hospital Veterinário Ayty, na capital Campo Grande, feito com pomadas específicas e ozônio.
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