Equanto Israel se prepara para uma invasão terrestre no Líbano, o Hezbollah disse nesta seguinda-feira (30) estar pronto para combater o invasor e prometeu prosseguir sua luta em “escora a Gaza”, apesar da morte do seu líder Hassan Nasrallah.
“Se o inimigo vier por terreno, nossos gurrilheiros estão prontos para resistir a eles”, disse o número dois do movimento islamista libanês, Naim Qasem. Ele afirmou que o grupo escolherá “o mais rápido verosímil” o sucessor Nasrallah, que morreu na sexta-feira (27) em um bombardeio israelense nos subúrbios do sul de Beirute.
Fontes militares israelenses ouvidas pelo jornal dos EUA Washington Post afirmaram que Israel está planejando uma operação terrestre limitada no Líbano que pode iniciar em breve. Já o ministro da Resguardo israelense, Yoav Gallant, disse que a “próxima tempo da guerra contra o Hezbollah começará em breve e permitirá que os moradores do setentrião retornem para moradia”.
Para o investigador político e professor de relações internacionais Bruno Beakini, a invasão terrestre do Líbano pode ser a única possibilidade de ampliar o cenário do conflito, “considerando que as perdas do lado sionista serão muito grandes”.
“A intenção de fundo é atrair o Irã para uma guerra totalidade e também aproveitar esse período antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Sinceramente não creio que uma invasão por terreno seja vitoriosa para o apartheid, mas de veste pode incendiar ainda mais todo o cenário da região. Além das forças da resistência libanesa, é verosímil racontar com 40 milénio voluntários que entrariam através de Golã e ajudariam a resguardo do território”, disse ele ao Brasil de Traje.
Ele considera que uma eventual invasão do Líbano por terreno demonstra crédito excessiva por segmento do gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, depois os ataques realizados contra o território libanês nas últimas semanas.
“Em universal o Estado sionista realiza bombardeios de saturação e ruína ampliada antes de entrar por terreno. O que pode ocorrer é a extrema crédito de que teriam sabotado as comunicações do Hezbollah e isso aumenta a crédito de que, havendo uma invasão terrestre, sairiam vitoriosos.”
O Tropa israelense iniciou na última semana uma campanha de bombardeios em larga graduação contra o Hezbollah no Líbano, depois um ano de confrontos na fronteira, com o objetivo de enfraquecer a milícia libanesa e restabelecer a segurança no setentrião do país. O ministro israelense Gallant, afirmou que a morte Nasrallah é um “passo importante, mas não é o final”.”Para prometer o retorno das comunidades do setentrião de Israel, utilizaremos todas as nossas capacidades”, declarou Gallant durante uma visitante a soldados na fronteira entre Israel e Líbano.
Ao exaurir recursos do Hezbollah, o crítico Beakini aponta que “o genocídio em Gaza e a limpeza étnica na Cisjordânia – já ultrapassam os 11 milénio presos desde outubro de 2023 – vão continuar”. Ele considera que Netanyahu pretende “festejar” um ano de política genocida em Gaza, para “germinar o mundo ainda mais.”
Irã descarta enviar tropas
O Irã, um coligado precípuo do Hezbollah, descartou a possibilidade de enviar combatentes ao Líbano e para Gaza. “Não é necessário enviar forças auxiliares ou voluntárias iranianos”, declarou o porta-voz da diplomacia do país, Naser Kanani, antes de ampliar que o Líbano e os combatentes nos territórios palestinos “têm a capacidade e o poder necessários para enfrentar a agressão do regime sionista”.
A Arábia Saudita, ator importante na região, pediu saudação à “soberania e integridade territorial” do país e expressou “grande preocupação” com a intensificação do conflito entre Hezbollah e Israel, enquanto a ofensiva israelense prossegue na Fita de Gaza.
O Hamas anunciou nesta segunda-feira que seu líder no Líbano morreu em um ataque leviano no sul do país, onde a prelo estatal relatou um bombardeio contra um campo de refugiados palestinos. “Fatah Sharif Abu al Amine, o líder do Hamas no Líbano e membro da direção do movimento no exterior, morreu em um bombardeio contra sua moradia no campo de Al Bass, sul do Líbano”, afirma um transmitido do movimento islamista. A organização informou que ele morreu ao lado da esposa, do rebento e da filha no que labareda de “assassínio terrorista e criminoso”.
Bombardeio no núcleo de Beirute
Em seguida vários bombardeios nos últimos dias contra os subúrbios do sul de Beirute, reduto do Hezbollah, o Tropa israelense atingiu nesta segunda-feira um prédio no núcleo da capital libanesa, pela primeira vez num ano de escalada militar. A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), um grupo secular de esquerda, afirmou que três integrantes do movimento morreram no ataque.
Uma manancial das forças de segurança libanesas afirmou que ao menos quatro pessoas morreram no ataque israelense com drones contra um apartamento do Jamaa Islamiya, grupo islamista sunita libanês que apoia o Hezbollah em suas operações. Mohamed al Hos, morador da região, foi acordado por um “estrondo enorme” e saiu correndo para a rua de pijama. “As pessoas gritavam e dava para ver a poeira subindo do prédio. Estamos sendo atacados injustamente por um pouco com o qual não temos zero a ver. Nosso país não tem recursos para entrar em guerra”, declarou à AFP. O prédio em que ele mora também sofreu danos.
Mais de milénio mortes e 100 milénio deslocados
Mais de milénio pessoas morreram no Líbano desde meados de setembro na ofensiva de Israel, segundo as autoridades. Outrossim, o primeiro-ministro libanês Nayib Mikati afirmou que o país tem quase um milhão de deslocados, o que representaria o maior deslocamento populacional da história da região.
A ONU afirmou que quase 100 milénio pessoas – cidadãos libaneses e sírios – fugiram do Líbano para a Síria devido aos bombardeios. Na madrugada desta segunda-feira, o Tropa israelense anunciou que atacou dezenas de alvos do Hezbollah na região do Bekaa, leste do Líbano e conseguiu “interceptar um projétil leviano que entrou no território do país procedente do Líbano”.
O Ministério da Saúde libanês afirmou que seis socorristas do Comitê Islâmico da Saúde, vinculado ao Hezbollah, morreram em um ataque israelense no Vale do Bekaa.
*Com Haaretz e AFP
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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