Pelo menos 16 civis morreram, e outros 20 ficaram feridos, neste sábado (30), em uma série de bombardeios lançados “provavelmente” pela aviação da Rússia – aliada da Síria – contra a cidade de Aleppo, que está quase toda controlada por facções da oposição síria apoiadas pela Turquia.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que leste “massacre horroroso” ocorreu quando um grande grupo de pessoas estava na rotatória de Al Basil, em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde não ocorriam bombardeios desde 2016, segundo a ONG.
Pelo menos 327 pessoas – a grande maioria delas soldados sírios e combatentes da oposição – morreram nos últimos quatro dias em meio a uma ofensiva liderada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (publicado em português porquê Organização para a Libertação do Levante) para assumir o controle do oeste de Aleppo e do sul da província de Idlib, considerada o último reduto da oposição na Síria.
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O Tropa do presidente sírio, Bashar al Assad, confirmou neste sábado sua retirada de Aleppo depois de ter sofrido “dezenas” de baixas, mas garantiu que se trata de uma medida “temporária” enquanto aguarda a chegada de reforços para realizar um contra-ataque.
Ao mesmo tempo, aviões de guerra russos também realizaram bombardeios neste sábado contra a periferia oeste de Aleppo e contra vários pontos da província de Idlib, onde facções pró-Turquia estão avançando rumo ao sul e tomando localidades estratégicas que se conectam com a cidade de Hama.
A ofensiva ocorre em um momento em que a Turquia procura restaurar as relações com Damasco, embora Bashar al Assad afirme que Ancara deve retirar suas tropas do setentrião da Síria e parar de concordar os grupos de oposição para seguir no restabelecimento dos vínculos, que foram inicialmente rompidos pela guerra social síria de 13 anos detrás.
Ou por outra, a ofensiva dos rebeldes começou no mesmo dia em que uma trégua entrou em vigor no Líbano e posteriormente os duros golpes infligidos por Israel ao grupo terrorista libanês Hezbollah, tanto naquele país porquê na Síria, onde mantém uma grande presença e é um dos dos principais aliados do governo de Damasco.
*EFE
Créditos (Imagem de revestimento): Fumaça sobe em Aleppo posteriormente ataque russo na Síria Foto: EFE/EPA/Mohammed Al-Rifai