Em uma semana em que os termômetros ultrapassaram os 40°C, o município do Rio de Janeiro e segmento da Baixada Fluminense foram afetados pela falta d’chuva. O problema persiste até esta sexta-feira (29). Escolas e unidades de saúde estaduais e municipais tiveram o seu funcionamento interrompido pela falta do serviço.
Na terça-feira (26), a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) iniciou a manutenção preventiva anual do Sistema Guandu. Na sequência, foi iniciada gradativamente a retomada do tratamento de chuva. Segundo a companhia, o sistema atingiu 100% da capacidade às 10h55 de quinta-feira (28), em seguida a desfecho dos reparos das concessionárias responsáveis pela distribuição.
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Porém, o serviço de distribuição não foi normalizado até esta sexta-feira. Na capital fluminense, a Águas do Rio informou que o reparo na rede de distribuição de chuva da avenida Francisco Bicalho, na região Portuária do Rio, foi finalizado na noite da última quinta-feira (28) e que a ocorrência afetou a recuperação do provimento na Grande Tijuca, Meio e em partes da zona sul.
Segundo a concessionária, os bairros de Andaraí, Bairro de Fátima, Botafogo, Catete, Catumbi, Meio, Cosme Velho, partes do Flamengo, Gamboa, partes da Glória, Laranjeiras, Leme, Maracanã, Rossio da Bandeira, Rio Extenso, Tijuca, Santa Teresa, Saúde, partes da Urca e Vila Isabel estavam em processo de normalização na manhã desta sexta-feira.
“Já na zona setentrião e demais localidades da zona sul da capital, assim porquê nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Novidade Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, na Baixada, o provimento está em recuperação desde o final da manhã de ontem [quinta-feira], quando a concessionária concluiu o seu último serviço de melhoria que estava em curso desde a paralisação do Sistema Guandu”, explicou a Águas do Rio em expedido.
De congraçamento com a distribuidora, a regularização totalidade do serviço pode levar 72 horas, podendo levar mais tempo em áreas elevadas.
Muitas reclamações
A população afetada usou as redes sociais para reclamar do serviço da concessionária:
Na manhã desta sexta-feira, a deputada estadual Marina do MST (PT) enviou um ofício à Águas do Rio solicitando providências urgentes para o caso. Segundo a parlamentar, “é intolerável que precarização, sucateamento e má gestão continuem atrapalhando a vida dos fluminenses”.
Morte
Na terça-feira (26), o rompimento da adutora no bairro de Rocha Miranda, na zona setentrião do Rio, que integra o sistema Ribeirão das Lajes, ocasionou a morte de Marilene Rodrigues, de 79 anos. A vivenda da idosa foi destruída pela força das águas. Outros imóveis e veículos também foram danificados. Marlene foi sepultada na quarta-feira (27).
O jato de chuva ultrapassou a profundidade das casas na Rua Opalas e, em 20 segundos, a via inteira ficou alagada. De congraçamento com o G1, a idosa morreu soterrada. A filha dela, Suelen Belo, passou uma hora sob os escombros e foi resgatada com vida pelos bombeiros.
A concessionária informou que as famílias afetadas pelo estouro da adutora estão recebendo suporte contínuo.
Manancial: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister